sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

The Fantastic Zone


E nos 45 minutos do segundo tempo, eis que surge: ninguém menos que Fabok e nos brinda com mais uma enxurrada de novidades no The Fantastic Zone. Amigos exploradores, estamos de volta com mais esta chuva de novidades do mundo da fantasia, terror e ficção científica, do cinema, quadrinhos, games ou livros!

Temos notícias de Game of Throne; de Thor 2; trailers para todos os gostos; novas do Doctor Who; e da ficção científica russa The Darkest Hour. Não deixe de ver, está 'imperdível'!

Entáo é isso comentem, combinado?


E para todos nos, um Feliz Ano Novo, enquanto 2012 durar...
RuuuuAAAAahhhh!!!

 


Para ver as notícias acesse a aba 'The Fantastic Zone' na parte superior do site.

Terra Nova II

ATUALIZAÇÃO: 29 DE MARÇO DE 2012


por Fargon Jinn

ATUALIZAÇÃO: Infelizmente, está confirmado o cancelamento de Terra Nova o Netflix desistiu de adquirir a série.

Abaixo segue o artigo original.


Completados os treze episódios da primeira temporada de Terra Nova, vemos um primeiro arco fechado. A continuidade da série, no entanto, ainda é uma incógnita. Aparentemente a conclusão da primeira temporada foi garantida a força de contrato com a produtora de Spielberg. Tudo ainda é um monte de especulação, já que Spielberg não teceu comentários. O que se supõe, em relação à segunda temporada, vem da movimentação da equipe de produção. Mas parece que esta poderá vir a ser produzida fora da Austrália e com a redução de um membro principal do elenco (ainda é fofoca).

Brannon Braga e Rene Echevarria
Rene Echevarria e Brannon "Viagem no Tempo" Braga, produtores executivos, têm sido mais do que reticentes em afirmar ou negar a segunda temporada. Eles alegam que o que pode ser prometido é cumprido. Como foi o caso de terem dado um arco completo para a primeira temporada, que inicialmente seria de dezoito episódios, mas foi cortada para treze. Mantiveram sua palavra. Se a produção não continuar, no mínimo temos um desfecho feito com muito bom gosto, diga-se de passagem.

– Enquanto algumas portas se fecharam, outras estão se abrindo ! – diz a dupla de produtores. Até o momento eles estão se safando de dar maiores esclarecimentos ao público. Aparentemente o fluxo de capital está garantido para financiar a próxima temporada, o problema é que estão esperando um cliente que queira encaixar o show em sua grade de programação. Coisa nova, aparentemente. Basta olharmos as porcarias que veem sendo produzidas atualmente, nos mais diversos canais. Se eles têm clientela, por que Terra Nova, muito superior à média, não está conseguindo se manter? Seria o custo de produção?

Christine Adams é Mira
O seriado não é barato. Muito embora o CGI seja ruim, ainda assim é muito caro. E, sendo a fotografia de Terra Nova, usando setenta porcento de Chroma Key, temos uma produção dispendiosa e mais lenta, exigindo mais trabalho da pré e pós produção.

A seguir, spoilers

O desfecho da temporada realmente me surpreendeu, e mostrou que os roteiros estão sendo levados com seriedade. Foram poucos episódios, mas não houve nenhum desperdiçado. Em cada história temos vários elementos relevantes para o contexto geral. Nem o caso da namorada de Josh foi ‘embromação’, as poucas vezes em que ela aparece tem a ver com o contexto do grande arco.

Ashley Zukerman como Lucas Taylor
O conflito entre Taylor pai e Taylor filho, no entanto, ficou muito fraco. Parece a reprise do vilão que é intrinsecamente mau. Não existe redenção e não há lógica coerente, apenas a emoção cega do ódio. Quer clichê maior?

O outro clichê que felizmente nos pouparam, na maior parte, é o da ‘síndrome de Will Robinson’, onde sempre temos que ter um jovem fazendo parte do elenco principal, filho ou filha desse alguém, e que é um gênio precoce. Aqui é a Maddy. Mas felizmente ela não teve um papel tão representativo. Talvez seja culpa dos poucos episódios da season.

Jason O'Mara é Jim Shannon
Estou ansioso para saber se teremos ou não continuidade. Até então, amigos exploradores, vamos aguardar e ver se aparecem mais notícias. Caso positivo, colocarei as novidades no 'Fantastic Zone'.

Nossa avaliação: (para a primeira temporada)
Delta-Shield Prata (está se mantendo)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sherlock

SÉRIES BRITÂNICAS
por Fabok

O que aconteceria se Sherlock Holmes vivesse no século XXI? Na série inglesa da BBC, o icônico personagem de Sir Arthur Connan Doyle vive nos dias atuais enfrentando desafios tão surpreendentes quanto aos dos livros originais.

Residência tradicional na Baker Street
Sherlock mantém alguns dos elementos tradicionais como o lendário endereço Baker Street, enquanto Watson ainda é um veterano do conflito no Afeganistão. E, invariavelmente, seu caminho cruzará o de Moriarty. O primeiro encontro de Sherlock e Watson é virtualmente idêntico ao do livro “A Study in Scarlet”, que por sinal é referência ao título do primeiro episódio da série: "A Study in Pink".

Interpretado pelo ótimo Benedict Cumberbatch, Sherlock é um homem prisioneiro de sua genialidade patológica. A única coisa que o estimula intelectualmente são os casos em que ele trabalha como consultor da polícia. Já Watson (Martin Freeman, o Bilbo Baggins do futuro filme The Hobbit) é um homem cuja vida perdeu o rumo, e acaba por tornar-se o “fiel escudeiro” de Holmes, a princípio, numa tentativa de entender o que se passa em sua mente. A mente de Holmes funciona de uma maneira tão diferente que toda vez que o personagem entra em um processo dedutivo mais complexo, uma espécie de infográfico aparece na tela ao estilo do filme “Uma Mente Brilhante”.

Martin Freeman e seu Bafta
O trabalho de Freeman é tão marcante que lhe valeu um Bafta (maior prêmio de cinema e TV britânico) de melhor ator coadjuvante em 2011 com o personagem.

A série tem uma ótima fotografia que aproveita muito bem o estilo arquitetônico único inglês, além disso há um cuidado especial com o desenvolvimento de personagens, muito diferente das produções americanas que, em sua maioria, acabam por focar na ação. Um único aspecto negativo é que a primeira temporada de Sherlock tem apenas três telefilmes de noventa minutos. Quando você já está viciando nas tramas e nos personagens... Pronto, acabou! A segunda temporada terá mais três telefilmes e estreará em janeiro de 2012.


Sherlock ainda não chegou às TVs brasileiras, mas a distribuidora Log On já lançou a primeira temporada por aqui. Quando me perguntam qual foi minha série favorita do ano, a minha reposta é óbvia:

- Elementar, meu caro. A resposta é Sherlock!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

The Final Countdown


NIMITZ - DE VOLTA AO INFERNO


por Fargon Jinn

Hoje tive o renovado prazer de re-assistir a um bom filme de ficção temporal. The Final Countdown (1980), conta a história de um super porta-aviões da 3ª Frota do Pacífico nomeado em homenagem ao Almirante-de-Frota Chester William Nimitz (último, na história, a atingir este posto), e responsável pela extraordinária performance da marinha estadunidense, nos combates do Pacífico, durante a 2ª Guerra Mundial.

CVN-68 USS Nimitz
No filme, uma estranha tempestade atinge o Nimitz e o transporta para 6 de dezembro de 1941, na véspera do ataque japonês a Pearl Harbor, no Havaí.

Imaginem o que seria o choque de duas tecnologias com 40 anos de diferença. A humanidade vem avançando em velocidades tão crescentes no que diz respeito à ciência e tecnologia, que alguém de 1990 poderia ficar chocado ao ver um iPhone, no qual pode-se falar e ver o seu interlocutor, localizar-se por GPS, ou fazer e editar um filme de alta definição em questões de minutos.

Válvula 1945 - Circuito Integrado 1975
O choque entre as tecnologias da década de quarenta, onde a válvula é o estado da arte em eletrônica, o que diriam se vissem um chip de circuito integrado com dois milhões de transistores e resistores, fazendo cálculos de balística ou controlando os aviônicos de uma aeronave.

Eles se deparam com uma situação sui generis, onde possuem tecnologia e armamento suficientes para destruir, incólumes, toda a frota de ataque japonesa. Para isso, contudo, iriam mudar a história para sempre.

F-14 e sua asa de geometria variável
Imaginem aviões com geometria variável (Tomcat F-14), velocidade mach 2 (quando a barreira do som só seria ameaçada mais de meia década depois), mísseis teleguiados, radares à bordo de cada aeronave, sistema de radiofonia de altíssima qualidade, energia nuclear nos motores e ogivas do navio, técnicas de combate e estratégias testadas e aprimoradas. Enfim, uma quantidade absurda de inovações e potência de combate que imediatamente colocaria os Estados Unidos à frente de qualquer nação, tornando-os soberanos globais, técnicamente, comercialmente e politicamente falando.

Um exemplo disso ocorre no começo do filme, quando dois Tomcats "passeiam" ao redor de dois caças-bombardeiro japoneses, os famigerados Mitsubishi A6M “Zero”. Estes aviões foram considerados os melhores do mundo durante a guerra e só começaram a perder sua hegemonia quando, já no final, surgiu o P-51 Mustang. Na história, os pilotos japoneses observam os jatos americanos como se estivessem vendo OVNI’s. A velocidade, a manobrabilidade, o design, as asas móveis, tudo incomparavelmente superior a qualquer aeronave pelas próximas duas décadas. Um dos japoneses chega mesmo a disparar suas metralhadoras de 7,7mm e 20mm contra um F-14, mas é como se estivesse jogando bolinhas de papel, os projéteis não chegaram nem perto do alvo.

Efeitos fracos - baixo orçamento
A produção apresenta alguns problemas. Os efeitos utilizados na transição temporal, por exemplo, são infantis, mesmo para a época. Nota-se que não houve uma preocupação maior com estes aspectos, afinal o tema central está na ética, na moral, na disciplina, no juramento e no patriotismo, do que em toda a questão científica.

Martin Sheen é outro exemplo: atua num papel pequeno, até dispensável, diria. Canastrão conhecido, não fez um bom uso do personagem, nem desenvolveu suas potencialidades.

Kirk Douglas como Cap Matthew Yelland
Por outro lado é muito bom ver o espetacular Kirk Douglas, ainda no pico da forma, dando um exemplo de um bom trabalho. Pena que o papel não exigiu tanto do ator. Problemas de roteiro e direção.

Falando de um patamar técnico, a edição e as tomadas são impecáveis. A fotografia é impressionante, e te coloca em meio ao Pacífico, rodeado por 75.000 toneladas métricas de puro aço e 6.000 tripulantes. Costumava, quando criança, ler e ver tudo o que se relacionava à frota naval dos Estados Unidos, tentava me imaginar vivendo numa pequena cidade que pode se deslocar à vontade pelos portos do mundo, com sua economia e vida social próprias. Nestas frotas existem esportes, cinema, escolas, shoppings, fast-foods, encontros sociais com churrascos, academias, centro de pesquisas, meteorologia, garotas, etc, só faltam os jardins, crianças e animais, de resto é uma comunidade completa.

Clique para ampliar
Neste filme podemos observar o dia-a-dia dos diversos setores do navio, seu funcionamento, o deque de voo com todos os detalhes de recepção e lançamento de aeronaves dos mais variados tipos, além dos rigorosos procedimentos disciplinares, de segurança e operações empregados na armada.

O diretor, Don Taylor (falecido em ’98), não fez nada expressivo (além de muitos seriados e filmes para a TV, dirigiu A Fuga do Planeta dos Macacos -1971, A Ilha do Dr. Moreau - 1977 e Damien – A Profecia II – 1978), e diria com tranquilidade que este é o seu melhor trabalho.

Poster original para o mercado americano
A melhor versão para DVD e Blu-ray voltou a ser em 2.35:1, como no original. Houveram lançamentos em 1.78:1 e full-screen para VHS e DVD, e está remasterizado.

O filme tem duração de cento e dois minutos e é pura diversão, “pipocão de primeira”.

Nimitz – De Volta ao Inferno (The Final Countdown): 1980, EUA
Direção: Don Taylor
História: Thomas Hunter, Peter Powell e David Ambrose
Roteiro: David Ambrose, Gerry Davis, Thomas Hunter e Peter Powell
Elenco: Kirk Douglas, Martin Sheen, Katharine Ross e James Farentino

Nossa avaliação:
Delta-Shield Prata

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Super 8

por Helder Maia

Quando eu estou assistindo a um filme, eu meço o nível de satisfação que estou tendo por quantos “Puta que pariu, que filme legal” eu penso ou falo comigo mesmo. Então, após três satisfatórios “Puta que pariu” eu cheguei à conclusão de que estava vendo a um filme especial e não a um mero exemplar de filme-pipoca do verão americano. E este filme foi Super 8, escrito e dirigido por J. J. Abrams.

Poster assinado por Drew Struzan
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Não vou mentir, sou um quarentão e, portanto, um dos grandes atrativos para mim (o qual talvez aliene o público contemporâneo) foi o fato de Super 8 capturar a essência dos filmes de adolescente dos anos 80 que assisti em minha infância, como Goonies, De Volta Para o Futuro e O Enigma da Pirâmide. Não por acaso todos eles produzidos por Steven Spielberg, que também assina a produção de Super 8. Este aspecto é ainda mais reforçado pelo fato do pôster de Super 8 ter sido desenhado por Drew Struzan, o mesmo responsável pelos pôsters de Indiana Jones, Star Wars e os dois primeiros filmes citados acima. Me senti transportado no tempo: era como se estivesse assistindo a um filme nos saudosos anos 80.

Cena extremamente bem projetada
Outro atrativo, além do caráter nostálgico, com certeza foi o fato de o filme seguir Joe, um garoto que recentemente perdeu sua mãe em um acidente de trabalho, e seus amigos enquanto produzem um filme amador de zumbis. Sempre fui apaixonado por produção cinematográfica, então para mim este foi um atrativo importante da história.

Filmagem amadora em padrão Super 8
Durante uma de suas filmagens, no verão de 1979, a equipe testemunha o descarrilamento de um trem do exército (em uma fantástica sequência de ação). Este fato levará a muitas mudanças na cidade e colocará a vida de todos em perigo. Não quero entrar muito na trama, pois acho que uma das melhores coisas ao assistir a um filme é quando nos surpreendemos.

O foco do filme é a amizade do grupo, o romance velado de Joe por Alice, assim como a tragédia familiar de Joe. Foi como se eu estivesse assistindo a um bom episódio de Buffy: A Caça-Vampiros, onde a trama do monstro-da- semana era só uma desculpa para tratar de temas relevantes e do inter-relacionamento dos personagens.

Outro ponto forte é a escalação e caracterização física do elenco. Não temos adolescentes maquiados, vestindo roupas transadas, parecendo adultos e que dirigem seus próprios carros. Eu não sei como os jovens de hoje conseguem se identificar com estes estereótipos de modelos que fogem da realidade da maioria dos púberes. O elenco não apresenta caras bonitinhas, mas sim bons atores que parecem com adolescentes normais que andam de bicicleta ou ônibus. Ou seja, pessoas de verdade vivendo vidas de verdade. O destaque do elenco vai para Elle Fanning, como Alice, que tem uma cara meio esquisita, mas é uma atriz incrivelmente talentosa.

Só faltou uma direção de fotografia mais parecida com as dos filmes a que homenageia/referencia. Parece-me que os filmes de hoje em dia tem seu visual muito trabalhado na pós-produção, perdendo a fotografia realista que tínhamos lá nos anos oitenta (vejam a bela fotografia de De Volta Para o Futuro, por exemplo).

Pena que lá perto do final começam as pirotecnias e a emoção humana que o filme vinha carregando se perde em meio a explosões e correrias. Mas no final o filme praticamente se recupera. Outra coisa que incomoda é a obsessão de Abrams por produzir reflexos de luz nas lentes da câmera, os quais contaminam todo o filme e tiram você da história de vez em quando.

No geral, um filme muito bom que resgata qualidades cada vez mais difíceis de encontrar nas produções atuais: emoção, diversão e empolgação. Ao contrário de um filme de ação vazio em que as pessoas sofrem e morrem e você não sente nenhuma empatia ou emoção, como na cinesérie “Transbosters”, por exemplo.

Altamente recomendável.

Super 8 (Super 8): 2011, EUA
Direção e Roteiro: J. J. Abrams
Elenco: Joel Courtney, Riley Griffiths e Elle Fanning

Nossa Avaliação:
Delta-Shield Prata

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

The Big Bang Theory

por Fabok

Quando The Big Bang Theory estreou na TV, poucos acreditavam em seu sucesso. Afinal, quem poderia imaginar que uma série sobre quatro amigos nerds e sua atraente vizinha iria tornar-se a sitcom mais assistida da TV americana?

Mérito para Chuck Lorre, criador do sucesso Two and a Half Man que soube como ninguém levar as neuras do dia a dia nerd ao grande público de uma maneira extremamente divertida sem ser ofensiva.

Kaley Cuoco
Tudo começa quando a aspirante a atriz e garçonete Penny (Kaley Cuoco) se muda para o apartamento ao lado de dois brilhantes cientistas Sheldon Cooper (Jim Parsons) e Leonard Hofstadter (Johnny Galecki). Leonard acaba por se apaixonar por Penny e faz de tudo para aproximar-se dela. O elenco nerd é completado pelos fiéis amigos Howard (Simon Helberg) e Rajesh (Kunnal Hayyar).

Leonard, o mais social deles, e Penny, com o decorrer da série, desenvolvem este relacionamento que é repleto de altos e baixos. Isto trás Penny, cada vez mais, para dentro do grupo nerd, todos são influenciados por sua personalidade cativante. Até mesmo Sheldon acaba amaciado pela teimosia e o carisma da garota. Mas ela mesma sofre dessa proximidade, vivenciando e ajudando os quatro amigos em seus problemas e suas esquisitices.

Elenco principal - clique para ampliar
A pergunta é, por que uma garota como Penny se tornaria amiga de um grupo tão excêntrico? Sheldon é um gênio à beira da loucura, que mal tolera o contato com seus amigos mais próximos e tem sempre um comentário ácido na ponta da língua. Os demais não ficam atrás. Rajesh, por exemplo, só consegue falar com uma mulher se estiver “meio alto”. A resposta é simples: Penny é atraída pela sinceridade do grupo de amigos. Eles são o que são, e acabam por aceitá-la como “um” deles. Ela, por outro lado, tenta entender o mundo deles. Este choque de realidades é o que dá charme à série. Algo que aconteceu por acaso, já que a personagem de Penny, no roteiro original, seria apenas uma coadjuvante. Ponto para Kaley Cuoco.

As citações ao universo scifi são tantas, e tão coerentes com o roteiro, que às vezes nos perdemos, quanto à referência. Star Trek; Babylon 5; Star Wars; super heróis dos quadrinhos, filmes e TV; clássicos da literatura e filmografia de ficção científica; e tantos outros são constantes temas de discussão entre os amigos. Uma cena muito engraçada, e que entrou para a antologia da série, é quando eles estão assistindo Indiana Jones com uma expressão de deslumbramento, enquanto Penny não consegue esconder sua desconfiança com as habilidades de Indy com seu chicote. Outros momentos clássicos estão espalhados por cada episódio: como quando a garçonete presenteia Sheldon com um guardanapo assinado por Leonard Nimoy, e ele não consegue mensurar o valor do presente que teria que dar em retribuição; ou quando vemos todos querendo ir à mesma festa à fantasia vestidos de Flash. 


O destaque são as participações especiais na série: Eliza Dushku (Dollhouse, Buffy); Katee Sackhoff (Starbuck de Galactica); George Takei (Sulu), Levar Burton (LaForge), Brent Spinner (Data), todos de Star Trek; Stan Lee; e muitos outros. Contudo, quem vem se destacando na série é Will Wheaton (Wesley Crusher em Jornada) que interpreta a si mesmo e que é o arquiinimigo de Sheldon. A disputa entre eles é tão ferrenha que Sheldon o ofende ferozmente ao chamá-lo de “o Jar Jar Binks” de Jornada nas Estrelas.


The Big Bang Theory já está em sua quinta temporada e por aqui pode ser acompanhada no canal Warner. Assista, e se você for um Nerd, com certeza se reconhecerá nas situações inusitadas vividas por Sheldon e sua turma. Aqui as gargalhadas são garantidas nesta comédia, no mínimo, muito original.

Nossa avaliação: 
Delta-Shield Diamante

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Zumbi, or not zumbi? That is the question!

por Fargon Jinn

Não gosto de coisas sobre zumbis e toda a sua mitologia. Não entendo muito sobre esse subgênero do horror. Então resolvi escrever a este respeito.

- Whaat?!?!

Bom, eu posso né?

- WTF?!

Olha...! Vamos lá! Eu não gosto e não curto o gênero, obviamente não aprendi muito sobre ele.

- Ok!

E não aprendi, nem me interessei por que não consegui ver lógica nisso tudo.

- Humm...!

Feiticeiro vuduísta
Então, vejamos...! O que é a visão original do zumbi? Os feiticeiros do Haiti se diziam capazes de fazer com que os mortos perambulassem sobre a Terra, transformando-os em escravos que realizariam seus mandados e maldades aos inimigos.

Até então nada de tão ridículo. É uma religião, o vudu, e como tal existem fatos e fantasias. No início dos anos 80 um antropólogo canadense, Dr. Wade Davis, descobriu um pó fabricado pelos feiticeiros que seriam utilizados para roubar e prender a alma dos falecidos  transformando-os em mortos-vivos. Isso seria algo mágico, espiritual, demoníaco. Estão me acompanhando?

Dr. Wade Davis
O 'lance' do tal pó era produzir um estado catatônico nas vítimas que, ainda em vida, acabavam vencendo a catatonia, mas perdiam o discernimento, ficavam temporariamente à mercê de outrem. Neste caso, temos aí uma explicação científica. As lendas dos zumbis derivam para o sobrenatural. Se trazemos ciência à cena, acaba-se o encanto. Magia, bruxaria, encantamentos têm um poderoso apelo.

É como Harry Potter, tá? Não precisa de explicação científica. É como vampiros... Mitológicos.

A Volta dos Mortos-vivos (1985)
Como é que podemos explicar que vírus ou substâncias químicas gerariam o “fenômeno” que aparece nas mitologias de zumbis atuais? Olha só, se o camarada quer dar uma explicação científica para a noite dos mortos vivos, então passou a mexer com a minha inteligência, e neste caso é preciso que me convença de que isso é biologicamente possível, química e fisicamente lógico.

Morto-vivo pedindo cérebros
Por favor, alguém me explique como é que uma massa corporal qualquer que não tem mais estômago, coração, circulação sanguínea, etc, pode produzir energia para contrair músculos, sentir fome, gemer, utilizar ferramentas, andar, correr e tudo o mais que vemos em filmes de mortos-vivos?

  Se quer me vender uma ideia de que algo absurdo pode acontecer, não venha com argumentos plausíveis. Não existe plausibilidade quando se fala do fantástico. É fantástico e pronto! É como o velho testamento, da bíblia cristã. Você lê as estórias e então fecha o livro. Não fica pensando - “Ahh! Na época de Abraão, os homens viviam trezentos anos, deve ser por causa da alimentação, não tinha poluição, éramos mais fortes e saudáveis...!” - Simplesmente entendemos o contexto, a moral, o que for. Já imaginou se vamos tentar explicar o espelho mágico da Madrasta Má? Ou o Lobo Mau que comeu a Vovozinha, mas que saiu inteirinha de dentro da barriga do lobo?

The Walking Dead - 1ª Temporada
  É sobre isso a que me refiro quanto às histórias de zumbis. Elas não são para ser explicadas. Não tem que enfiar vírus, produtos tóxicos, atividades alienígenas, para que sejam mais aceitas. Isso é uma ofensa à minha inteligência, e não gosto disso.

2012 - Vem o filme com J. Malkovich
Querem fazer filmes e livros com mortos-vivos? Vão pesquisar, ler um pouquinho, e tentar trazer à tona a verdadeira mitologia sobre o gênero. Agora, para piorar, fizeram um livro, até que muito inteligente, divertido de ler...

Porra! Zumbi que pensa, se apaixona, filosofa e o diabaquatro?!?!?!

What the fuck, digo eu!!!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Starship Troopers

O que são e como devem funcionar
armas de energia


por Fagon Jinn
10º da série FC vs Ciência

Starship Troopers (1997)
Umas das armas mais legais que eu já vi no cinema são os fuzis dos mariners em Tropas Estelares (1997).

Esta obra-prima clássica de Robert A. Heinlein, foi muito mutilada no cinema. Compreensível. Heinlein escreve sobre ficções sociais, como um subgênero da ficção científica. O ponto focal deste livro é o questionamento do que é a verdadeira cidadania. Sob um ponto de vista 'espartano', o verdadeiro cidadão é aquele que está disposto a dar a sua vida para defender a sua sociedade, e só ele pode ter os direitos plenos de cidadania. Os demais apenas usufruem de algumas comodidades, mas não podem governar, votar e nem obter todos os benefícios sociais. Só um soldado torna-se um cidadão.

Retratar isto no cinema seria um desastre. Sabiamente, em nome da diversão, eles optaram apenas pelo enfoque da ação.

Disparador de projéteis-agulha
Mas, Tropas Estelares nos mostra um armamento que, baseado nos desenvolvimentos atuais, é bem possível, bem realista. A arma de projétil não está fadada a desaparecer. Não concordo com filmes futuristas nos quais em cinquenta anos ainda estaremos utilizando armas de pólvora e projéteis de chumbo. Existem, atualmente, armas que disparam agulhas tão finas, e tão rapidamente que podem seccionar o corpo humano como uma espada samurai. São ainda protótipos mas as propostas são promissoras. O interessante é que uma arma desta pode disparar substancias paralisantes, ao invés de ser mortal ou mutilar.

Mas o que vemos de mais comum em termos de armamento, em FC, são as pistolas e canhões lasers, phasers, disruptores, desintegradores, espadas de luz,  etc.

Star Trek Phaser
Vamos olhar a realidade nestes desenvolvimentos.

Nos anos 60 dizia-se que uma pistola laser poderia vir a ter o poder de desintegrar um corpo. Um laser que tenha poder para converter matéria em energia instantaneamente, deve portar um reator nuclear como fonte de energia. Existem laseres com altíssima potência, mas nada portátil, e seu uso consome uma energia absurda, gera um calor infernal em cada componente e deve ser utilizado com pequenas descargas. Não seria nada parecido com uma metralhadora laser. E ainda não se sabe se consegue desintegrar um corpo. Pode carbonizá-lo, dando-se muitas descargas. Fazê-lo desaparecer? Não!

Fio e gravação com laser
O laser tem muitos usos. Existem bisturis, equipamentos de solda, cortadores de papel a metal e até afiadores de faca que dão têmpera e cristalizam os fios de corte. Mas ser usado como arma ainda não é uma realidade.

Quando assistimos aos filmes de combate espacial vemos sempre aquele facho de luz que sai como um jato de alguns metros, em rajada, e os observamos percorrer uma distância do espaço. Lembrem-se que armas de energia disparam feixes à velocidade da luz. Portanto, se pegarmos um desses apontadores laser que usamos em palestras, numa noite escura, num local aberto, e apertarmos o botão teremos um feixe que instantaneamente percorrerá milhares de quilômetros. Não será visível, exceto no ponto em que toca um obstáculo, ou atravesse nuvens de gases e poeira. Portanto não seriam visíveis e muito menos formariam aquelas linhas tracejadas. Seria um único e, potencialmente, infinito facho.

Mas as armas baseadas em luz têm um ponto fraco. Não é necessário que desenvolvamos nenhum tipo de campo de força para nos proteger. Basta que envolvamos o provável alvo num espelho. Está criada a defesa perfeita.

Campo de força
Quando pensamos em armamento, o que precisamos é desenvolver um método de disparar uma descarga de radiação eletromagnética, com alta potência e extremamente concentrada. Esta sim poderia ser uma arma com uma eficiência maior e que precisaria de um escudo neutralizador para a proteção do alvo. Imagine um microondas de altíssima potência direcionado para um ponto específico, com precisão cirúrgica. Esta arma produziria estragos bem piores para qualquer tipo de alvo. Podemos ajustar a frequência de ressonância eletromagnética para qualquer tipo de material e destruir o que quer que exista na linha de tiro. O problema é conseguir que este feixe coerente de ondas atinja apenas o objeto alvo. A energia necessária também teria que ser enorme, estaríamos, de fato, fazendo o papel de uma estrela. Na natureza, as estrelas geram este tipo de fluxo de energia. Não morremos disso por estarmos protegidos pela atmosfera terrestre e pelo campo eletromagnético gerado pelo planeta, estes são os escudos naturais que nos protegem destes geradores de microondas cósmicos. Vemos um exemplo disso no filme O Núcleo (2003).

Sabre de Luz - Star Wars
Todo resto, de phasers a sabres de luz não passam de fantasia. Não temos tecnologia nem teoria para tais tipos de armamento. São lindos, compõem muito bem nossas space operas, mas não passam de licença poética.


Então amigos exploradores, sem muito mais delongas e expeculações, encerro aqui esta série de artigos sobre os conflitos entre a ciência e a ficção científica. Mas não vamos parar de trabalhar as questões científicas. Em artigos futuros vamos debater os desenvolvimentos da ciência, e como deveríamos nos portar diante das novas conquistas tecnológicas. O que devemos buscar e o que pode vir a ser nocivo. Queremos falar de robótica, transhumanismo, genética, a busca por vida fora da Terra, inteligência artificial, etc.

Deixo aqui um agradecimento que muito me honra: a atenção e o acompanhamento de vocês. Muito obrigado!