quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Sci Fi televisivo americano em crise.


por Fabok

Bons tempos eram os anos 90.  A Nova Geração, Deep Space 9, Voyager, Babylon 5 e Arquivos X atraiam milhões de espectadores. Muito diferente de hoje. Você pode lembrar da última série de ficção científica que foi um sucesso de público? Se você pensou em Lost, pense de novo porque a série de J.J. Abrams não se enquadra muito bem no gênero, não é mesmo?
Babylon 5 - de 1994 a 1999
Vejamos: Flashforward, Defying Gravity, The Sarah Connor Chronicles, Caprica, The Event, SGU estrearam e foram canceladas sem piedade pelos estúdios por problemas de audiência. Olha que algumas destas tinham até potencial. Parece estranho que num momento em que os Nerds conquistam a atenção da mídia, um dos seus símbolos máximos, a boa e velha série Sci Fi esteja em crise. Mas o que será que anda acontecendo?
J. J. Abrams
Muitos culpam a Internet e dispositivos de gravação de programas de TV, conhecidos como TiVo pela erosão da audiência das séries, outros a própria qualidade dos roteiros, mas no frigir dos ovos, a temporada 2011-2012 está pra começar nos EUA e não temos grandes novidades na TV. Novamente, J.J. Abrams, olha ele aí de novo, nos apresenta a quarta temporada de Fringe, que não é tão popular assim e a novíssima Alcatraz, que está mais para fantasia que ficção.
Até mesmo os canais a cabo, considerado um ambiente mais amigável para o gênero, está sem novidades. O SyFy continua com Warehouse 13 e Eureka que eu enquadraria num subgênero, o Sci-Comedy. Sanctuary e a nova série Alphas estão mais para fantasia. A única promessa do canal é um piloto para mais uma possível série derivada de Galactica, Blood and Chrome que tem estréia prevista para outubro.
De 2009 a 2011
A verdade é que séries de ficção, em especial as Space Operas, têm custos altíssimos de produção, em SGU, por exemplo, diz-se que um episódio saía por quase U$ 3 milhões de dólares. Em tempos de crise, seriados policiais e de dramas familiares são mais baratos e têm um retorno muito maior para os estúdios. A situação é tão grave, que até mesmo George Lucas que já tem cerca de 50 roteiros prontos para sua série live action de Star Wars colocou o projeto em espera. Para ele a questão realmente é custo. Em uma recente entrevista ele afirmou que está investindo pesado para diminuir os custos de produção de efeitos visuais em até 75% dos valores gastos hoje.
"Dinheiro obscuro?!"
             O que eles todos esquecem é que a boa ficção científica está calcada em bons roteiros e não em efeitos visuais. Se eu pudesse ter uma conversa com o Sr. Lucas ou os executivos dos estúdios pediria a eles que dessem uma olhada em alguns episódios da série clássica de Jornada ou Babylon 5 e tantas outras que nos cativaram, não por sua pirotecnia e sim por conseguirem levar às telinhas o que o gênero tem de melhor.
             Simples, não?

3 comentários:

  1. Para piorar a situação, Eureka foi cancelado. E quanto a George Lucas, da para notar claramente pelos ultimos filmes de StarWars que ele esqueceu totalmente da importancia de um bom roteiro e prima apenas pelos efeitos especiais.
    E teve um rumor de que JMS esteve trabalhando com a Warner para criar um novo seriado no universo de Babylon 5, que ele teria liberdade criativa e seria através de um novo modelo de conteúdo web da Warner (quem sabe tipo um netflix/hulu proprietário), mas esse projeto da Warner foi engavetado e, consequentemente, o novo projeto de Babylon 5 também.

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  2. Pois é Andrei, a coisa tá feia...
    Quanto a Eureka, o que foi cancelado seria uma possível sexta temporada. Ainda teremos a quinta. De qualquer maneira o cancelamento pegou todos da série de surpresa.
    Até mais!

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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