SÉRIE: CIÊNCIA
Os astrônomos utilizaram as imagens geradas pelo Telescópio Espacial Hubble, e conseguem calcular o destino da Via Láctea: nossa galáxia vai se chocar com Andrômeda, e as duas se fundirão numa única nova galáxia.
Nossas galáxias poderão tomar uma forma esférica |
Podemos começar a nos preocupar desde já, se quisermos, mas será meio demorado. O processo terá início em pouco menos de quatro bilhões de anos, e deverá estar completamente concluído em oito bilhões de anos. Haveria alguém para presenciar tal acontecimento? Se houvesse, teria que ser algum tipo de Highlander. Tudo é tão lento que, de fato, ninguém notaria. Só com o passar de séculos é que mudanças seriam perceptívieis, aos instrumentos e fotografias.
Qual o destino da nossa civilização?
O que podemos esperar do futuro para a humanidade? Com certeza muita coisa. Estima-se que a nossa espécie começou a evoluir há não mais de um milhão de anos. Nosso comportamento inteligente deve ter começado há pouco mais de cem mil anos. A história de nossa sociedade não tem mais de cinco mil anos. Neste pouco tempo, saímos de tribos de nômades para uma civilização capaz de entender o universo, nossa genética, o átomo, e estamos nos aventurando pelo cosmo. Acredita-se que, em não mais de um século, estaremos plenamente capacitados a estabelecer colônias espaciais autônomas e, talvez em dois séculos, teremos condições de tornarmos-nos uma civilização habitante do espaço sideral. Não mais dependeríamos de planetas, e dos humores de suas estrelas. Não sofreríamos com o clima ou terremotos.
Em até seis bilhões de anos o Sol se tornará uma gigante vermelha |
E isso é bom que aconteça. Dentro do próximo bilhão de anos o Sol estará dez por cento mais quente. Isso deverá destruir o nosso clima, e a nossa ecologia. Em seis bilhões de anos o planeta deverá ser destruído com a expansão do volume solar. Então se a humanidade não aprender a viver no espaço, teremos um fim, no mínimo, dramático. Até lá ainda teremos muito com o que nos preocupar, o aquecimento do clima já é conseguência do aumento de atividade solar, quanto tempo mais nossa agricultura resiste?
"...porque eu toquei o céu, e o mundo era oco!" Star Trek: TOS (citação) |
E não adianta pensar em colonizar outros mundos em outras estrelas, isso é muito mais complicado do que construir nosso próprio mundo particular. Só para construírmos veículos capazes de transportar bilhões, por muito tempo, já soluciona a questão. Deveremos viver em colônias espaciais gigantescas, que serão (ora vejam a ironia) nômades, entre as estrelas.
Extreme makeover galáctico?
Galáxia do Sombrero M104 - descoberta por Vesto M. Slipher em 1912 |
Mas, afinal, e o que acontecerá a estas galáxias? Basicamente nada, apenas uma reformulação visual. Se pararmos para pensar, estes fenômenos cósmicos (galáxias) são megabogagigantescos. E, para nós, parecem densas, compactas, com trilhões de estrelinhas apertadinhas, e de planetas espremidinhos nas sobras. Não poderíamos errar mais. Existe, de fato uma quantidade de matéria muito pequena, em relação à área ocupada pelas galáxias. Daria para colidirmos quatro galáxias inteiras, ao mesmo tempo, e ainda assim, o choque de dois planetas, quiçá de alguma estrela, e seria o mesmo que ganharmos na megasena sozinhos, tão vazio é o espaço interestelar.
Retrata aqui a primeira passagem, serão três até a fusão total |
As probabilidades maiores seriam as trocas de sistemas estelares inteiros entre as galáxias, na primeira passagem. Vejam na animação. Com o tempo, os núcleos irão se fundir, e então teremos ali boas colisões, visto que naquelas regiões temos altas concentrações de corpos celestes. E, mesmo estas colisões, em sua grande maioria não deverão ser verdadeiros choques. Em muitos casos teremos estrelas que entrarão em órbita de buracos negros e serão lentamente absorvidas.
Os que estiverem vivos terão uma vista e tanto
Muito interessante seria estar vivo dentro de dois a três bilhões de anos e olhar para o céu e ver Andrômeda preenchendo todo o nosso firmamento, bem ao lado do nosso centro galáctico.
Uma bela paisagem celeste de para um planeta moribundo |
O céu de junho
Os maias previram isso também? |
Mudando de assunto: neste próximo dia 5 (junho de 2012), terça-feira, teremos uma rara oportunidade de ver um eclipse de Vênus. Na verdade, é chamado de “trânsito de Vênus”. O planeta atravessa o disco solar, num alinhamento entre Sol, Vênus e Terra. É um raro fenômeno, ocorreu em 8 de junho de 2004, e o próximo somente no século XXII.
Para não perder o costume, estamos, esta semana, num período |
nublado aqui em Fortaleza (imagem do eclipse de 2009) |
Infelizmente, parece que todos as ocorrências astronômicas das últimas décadas resolvem ser atrapalhadas pelo clima. As nuvens parecem gostar de observar tais fenômenos muito mais do que nós, e resolvem sempre ficar na frente. Para isso teremos a possibilidade de ver on-line. Os principais observatórios mundiais deverão transmitir suas imagens para sites da internet no momento da ocorrência.
Mas não esqueça, proteja seus olhos, não observe |
o Sol diretamente, ou sem proteção devida |
Como o evento cruza a linha internacional de data, na Ásia, Europa, África e Oceania, o fenômeno será presenciado na data de 6 de junho. Para assistir pelo webcast da NASA, o explorador, no Brasil, deve clicar aqui. O evento começa às 18h45, horário de Brasília do dia 5, 2145 (GMT - Greenwith Mean Time). O feed de imagens será direta do observatório astronômico, no topo do monte Mauna Kea, no Havaí.
Exploradores, cêis são tudibão...
Caros amigos exploradores, nestes dez meses e meio, temos levantado assuntos sobre comportamento, novas tecnologias, ciências, cinema, HQ, séries de TV, literatura, fanfiction, webseries e astronáutica. Acreditamos que temos oferecido um conteúdo, interessante, diversificado, original e de fácil entendimento à qualquer nível de formação. Podemos dizer isso, ao mesmo tempo em que agradecemos, pelos trezentos acessos diários. Gostaríamos de saber o que ainda não falamos, que alguém possa sugerir. Nos escrevam, digam o que teriam vontade de ler neste nosso fanzine. Pessoalmente prometo que não será ignorado, pelo contrário, teremos grande prazer em atender. Um grande abraço e até a próxima.
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