Poster do filme de 2011 |
por Fargon Jinn
Há
14 anos o mundo foi surpreendido pelo nascimento de um fenômeno. Um evento
único em toda a literatura mundial, em abrangência, dinheiro ou fanatismo. Algo
que mudou os formatos e os paradigmas de editoras, autores, tradutores,
livrarias e, que por fim, mudou os leitores.
Em
julho de 1997 estava sendo encaminhado às livrarias da Inglaterra Harry
Potter and the Philosopher's Stone. A autora, então desconhecida, à guisa
do grande Arthur Conan Doyle, resolveu escrever por necessidades financeiras.
Saída de um divórcio e com uma filha pequena, sentava-se diariamente numa
cafeteria e imortalizava, no papel, a história de um bruxinho tímido e
atrapalhado que conseguia se meter nas mais terríveis aventuras, colocando-se
sempre em risco de vida.
Harry
Potter e a Pedra Filosofal chegou ao Brasil em abril de 2000, e imediatamente
angariou uma legião de fãs mirins. Estes contaminaram pais, amigos,
professores. Assim, como em outros lugares, logo surgiram os clubes e as
páginas na internet falando e opinando sobre as peripécias e o destino daquele
menino esquálido, de 11 anos, que nos introduzia num mundo de magia, bruxaria,
maravilhas jamais imaginadas e terríveis perigos.
J.K.Rowling no lançamento do sétimo livro |
Joanne
Rowling, conhecida mais tarde por J.K. (Kathleen, nome de sua avó paterna, foi acrescentado ao nome por
razões estéticas e comerciais) que imaginou a
saga inteira ao fazer uma viagem de trem, provavelmente, não tinha idéia do
alcance que estes livros teriam. Em verdade, ela recriou o conceito do amigo imaginário.
Melhor ainda, este amigo seria compartilhado com milhões de outras crianças,
adolescentes, jovens e adultos pelo mundo afora.
Numa
era de comunicações globais instantânea, pudemos presenciar o surgimento de uma
nova nação de amplitude global. Se os conceitos para definir uma nação são
língua, costumes e etnia. Vemos aqui todos estes elementos nos jovens bruxos do
mundo, que falam, agem e se definem como estudantes de Hogwarts, ou de
habitantes de Hogsmeade, funcionários do Ministério da Magia e muito, muito
mais. A indústria literária, a cinematográfica, passando pelos jogos,
brinquedos, vestuários, memorabilia e outras, se regozijou e refestelou com uma
pujança que há muito tempo não se via.
Foram
sete livros principais e mais três, escritos com fins filantrópicos, que complementam
o universo mágico; oito superproduções para o cinema; uma infinidade de jogos
para todas as plataformas, para PC ou games
on-line.
Capa do jogo de 2001 |
Jurandir
Filho, do Cinema com Rapadura, citou uma
frase que deve dizer muito a muita gente - “Harry Potter só acabou para os
trouxas!” – puxa... isso dá um nó na garganta enquanto tentamos segurar as
lágrimas.
Poster do filme de 2010 |
O
oitavo e, muito provavelmente, último filme da saga, fechou com chave de ouro,
segundo a crítica especializada. Como seria de se desejar, após tantos anos
conduzindo esta juventude que cresceu acompanhando as aventuras e desventuras
de Harry Potter e seus amigos. Estes jovens não só acompanharam as histórias,
mas cresceram juntos com os heróis. Moldaram-se seguindo um farol de bons
exemplos, num mundo inundado pelo pessimismo e conformismo. A obra da Srta.
Rowling proporcionou muito mais do que entretenimento. O bom caráter do
personagem principal e sua troupe
mostrou a muita gente que não precisamos nos dobrar às forças sutis e
maliciosas que existem à nossa volta. E que nem sempre o que parece bom e
‘legal’ é, de fato, o melhor caminho.
Fãs em todas as idades |
Clique para ampliar |
Talvez,
quem sabe, ali possam beber de uma inesgotável fonte de inspiração e, quem sabe
um dia, possamos ser agraciados com novas produções, seja literária, seja
cinematográfica, de aventuras dos bruxinhos, ou dos muitos possíveis reinos que
a obra nos apresentou.
Com
certeza, este não foi um ponto final.
Fargon Jinn,
ResponderExcluirpode linkar os desenhos à vontade, basta apenas citar a fonte, numa boa.
Obrigado pelas palavras gentis. Hemeterio
A saga no universo Harry Potter ainda vai render muitas histórias e muito dinheiro. E foi genial a jogada da JK de deter os direitos da versão digital dos livros, optando por vender por conta própria e não através de lojas como a Amazon ou iTunes Store.
ResponderExcluirÉ isso mesmo Andrei, valeu, excelente comentário. Tá concorrendo à camiseta, agora só vc se registrar como seguidor do blog. Abraços.
ResponderExcluirpois é, HP vai sempre ser lembrado pelos fãs. ainda mais com esse novo site, que os estão mobilizando durante esse começo de mês(31/07-06/08)com uma espécie de quiz que dará o acesso antecipado ao site, que só será aberto publicamente em outubro.
ResponderExcluir