quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Séries dos anos 90 em alta definição: é viável?

por Fabok

Um belo brasão de armas
Há alguns meses atrás a Paramount anunciou que estaria lançando um blu-ray demo com três episódios de Jornada nas Estrelas: A Nova Geração remasterizada em HD, para ver se existiria o potencial para o lançamento de toda a série no formato do “raio azul”. Os episódios deste disco são Encounter at Fairpoint, Sins of The Father, The Inner Light.

Um, bem produzido, trailer foi lançado, você pode conferir aqui, mas confesso que não fiquei muito impressionado com o que vi e com os detalhes do projeto. Esperava a série recebesse o mesmo tratamento dado à Série Clássica que, quando foi 'remasterizada' para a alta definição, passou por um processo de restauração 'quadro-a-quadro' e também teve todas as cenas de efeitos visuais refeitas com o cuidado de não se modificar o conceito imaginado nos anos 60. Enfim, um belíssimo trabalho de restauração.

Patrick Stewart é Cap Jean Luc Picard
Já, para A Nova Geração teremos a restauração 'quadro-a-quadro', mas os efeitos visuais não seriam refeitos, eles também iriam passar pelo mesmo processo. Imediatamente a polêmica tomou conta dos fóruns especializados, pois se acreditava que estes efeitos teriam sido gravados em vídeo e não em película como as imagens em live action com os atores. A gravação em vídeo é praticamente impossível de se 'remasterizar' em HD devido a sua baixa resolução original. Para você ter uma idéia do que estou falando: nos anos 80 e 90 os seriados eram gravados em película, mas finalizados e enviados para exibição na TV em fitas magnéticas de vídeo, não muito diferentes das que usávamos nos antigos videocassetes. Numa época em que a esponja de aço, na antena da TV, era usada para dar uma melhorada na recepção da imagem, e o conceito de alta definição nem existia, as fitas magnéticas barateavam o custo de produção e a qualidade oferecida era compatível com as televisões disponíveis.

Box DVD Importado - Maldita Inveja
Confira o que estou falando. Se você tiver o DVD da Série Clássica, assista-o e compare-o com o DVD da Nova Geração. A nitidez e qualidade do primeiro é muito superior ao do segundo, que tem uma imagem meio que borrada e sem vida, mesmo tendo sido gravado 20 anos depois. A Série Clássica foi toda finalizada em película, o que facilitou sua 'remasterização' ainda para o seu lançamento em DVD. Já as aventuras da Enterprise D não puderam passar pelo mesmo processo, e o master, em vídeo Betamax, foi gravado e lançado sem modificações no DVD.

Ponte da Enterprise, nenhum CGI
A Paramount, contudo, tinha um 'coelho na cartola'. Diferentemente do que se acreditava, os efeitos visuais foram também gravados em película e passaram pelo mesmo cuidadoso processo de restauração das cenas live action. A ILM foi responsável por grande parte dos efeitos da série e utilizava as mesmas técnicas, maquetes e câmeras com controle de movimento por computador, utilizadas nos próprios filmes de Jornada e Star Wars, por exemplo.

Robert Legato
Mais tarde os efeitos visuais ficaram a cargo de Robert Legato, que nos anos seguintes ganharia o Oscar em produções como Apollo 13, Titanic, Avatar, entre outros. Ou seja, o trabalho de Legato e da ILM definitivamente vale a pena ser restaurado. Estamos aqui falando da escola clássica de efeitos visuais, quando gigantescas maquetes eram filmadas num processo lento e trabalhoso, mas que são em muitos aspectos mais realistas que os feitos por computador de hoje em dia.

Para provar a qualidade do projeto, a Paramount lançou um segundo trailer. Confira aqui. As imagens são de cair o queixo. Veja as fotos:

Encounter at Fairpoint - Piloto Encounter at Fairpoint - Piloto
The Inner Light - 5ª Temporada Sins of The Father - 3ª Temporada
Clique para ampliar

O mais surpreendente é que as imagens apontam para uma transferência em widescreen, mas esta informação ainda não foi confirmada pelo estúdio. Mas o que A Nova Geração em HD pode trazer, caso seja um sucesso de vendas?

De cara, séries finalizadas da mesma maneira, mas que tenham preservadas as películas originais poderiam passar pelo mesmo processo. Arquivo-X, Millennium (uma ou mais temporadas rodadas em widescreen), Babylon 5 (toda rodada em widescreen), Deep Space 9, e Voyager são as candidatas mais prováveis.

Star Trek: Voyager
O problema ainda seriam os efeitos visuais. Babylon 5 é o caso mais problemático. Seus efeitos foram inteiramente feitos em computador, mas finalizados em vídeo e, para piorar, todos os modelos projetados para a série foram perdidos. Tudo teria que ser feito do zero. Deep Space 9 e Voyager foram gravadas nos mesmos moldes da Nova Geração. Sobre Arquivo X, não se sabe nem o estado, nem como foram gravados seus efeitos visuais, o mesmo acontece em Millennium. No final tudo vai depender do custo da 'remasterização'. As séries de Jornada têm fãs dispostos a pagar por ela. Será que os fãs das demais também estariam? Eu sei que eu estaria. E você, caro explorador? 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1

por Fargon Jinn

Meu Deus! O que fizeram com este filme?

Poster de A Hora do Espanto (1985)
Acompanhei a Saga desde o primeiro filme, no cinema. Não sou apaixonado pelos temas vampirescos. Adorava Christopher Lee no papel, e ainda o vejo como o vampiro mais 'estiloso' de todos os tempos. Gostei muito de Frigth Night (1985), o mais novo nem me atrevi. Prá que estragar algo que foi tão bem feito? Me deixe com minhas lembranças perfeitas daquilo. Entrevista com o Vampiro (1994) não mexeu comigo. Mas Crepúsculo e sua saga me pegou desprevenido. Uma visão nova, original e com uma trama inteligente, sem clichês. Gostei. Assisti Lua Nova (2009) e Eclipse (2010) não me decepcionaram. O triângulo amoroso achei chato e cansativo. Eu sei. É o núcleo da história. Mas eu prefiro me ater ao pano de fundo. Acho mais interessante o mundo vampiresco criado por Stephenie Meyer, com os lobisomens, a comunidade chefiada pelos Volturi, os poderes extras que cada um tem, e a história dos 'vegetarianos'.

Mas o que foi este penúltimo filme, Amanhecer Parte I?

Um pé no saco... no mínimo!

Preparação para o casamento
História arrastada, sonhos ou pesadelos a cada minuto, todo mundo com cara de 'bunda azeda'. Faltou ação, faltou trama, faltou dramaticidade. Que diabo é esse Robert Pattinson? E Kristen Stewart então? Tem dupla mais insossa que essa? Agora vejo o que já suspeitava desde o primeiro filme. Eles são péssimos atores. Bons atores teriam minimizado as deficiências do roteiro com overacting ou exigências de melhorias nos scripts. Mas eles não tem bagagem nem para perceber a porcaria que estavam fazendo.

Taylor Lautner é Jacob Black
Destaque para Taylor Lautner. O garoto é bom. Sua atuação é convicente. Tem expressão, voz e classe. As mulheres acrescentariam beleza.

David Slade (para os ingleses isso é igual a
"vá se fuder", e com as duas mãos)
Parabéns Slade!
David Slade já vinha mostrando desde o Eclipse que não seria capaz de fazer coisa muito boa, o filme, embora cumprisse seu papel, foi mal dirigido. Tomadas de cenas despropositadas. Mal editado e de novo concentrado no conflito do triângulo amoroso, ao invés de focar na guerra. Estamos falando de cinema. Não se pode transpor um livro para a telona do mesmo jeito. Cinema exige mais movimentação.

Esse diretor deveria voltar a fazer clips musicais, ele deve ser muito bom nisso.

Kristen Stewart - beleza insossa
Na primeira hora de exibição de Amanhecer eu ouvi um cara bocejar do meu lado. Poderia jurar que tinha errado de sala e estava assistindo a um filme de arte. Adoro filme de arte, mas quando se esta preparado para assistir um filme de ação, não queremos ver passeios românticos pelas paisagens brasileiras, aliás muito mal exploradas. Nem queremos uma cena de sexo tosca. Nem queremos os pesadelos e os devaneios de uma adolescente morrendo de tesão por um centenário 'broxa' que adora jogar xadrez na própria lua de mel. Vá à merda!!!

Para piorar alguém perdeu a mão no CGI. Parecia que estávamos assistindo um especial para o Discovery Channel, que aliás são muito mais bem feitos.

Ashley Greene é Alice Cullen
a vedadeira grande beleza da Saga
Não me sai da cabeça que Harry Potter abriu o precedente. Como último capítulo da série, eles resolveram 'esticar a baladeira' até conseguir fazer de um, dois filmes. Uma pena, se eu tinha intenção de um dia vir a ter a série na minha coleção de filmes, esta nojeira acabou com o meu interesse. Harry Potter tinha justificativa. Desde o quarto livro que eles mereciam mais de um filme por livro. Perceberam tarde. Mas crepúsculo?! Esse é um perfeito exemplo de como não se fazer um filme.

Fiz questão de organizar meus horários e de minha esposa para assistirmos com minha filha, já que assistimos juntos desde o primeiro. Ela é fã incondicional da série. Mas nem ela suportou tantas cretinices.

A trilha sonora escapou. Felizmente os quatro filmes têm uma ótima qualidade musical. A melhor cena, talvez a única cena boa, ocorre durante os créditos. Portanto quem for assistir não vá embora apressadamente. Fique mais um pouquinho e poderá sentir que o seu dinheiro não foi tão disperdiçado.

Clique para ampliar
A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1 (The Twilight Saga: Breaking Dawn - Part 1): 2011, EUA
Direção: David Slade
Roteiro: Melissa Rosenberg
Elenco: Robert Pattinson, Kristen Stewart e Taylor Lautner

Nossa avaliação:
Delta-Shield Ferrugem

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O Preço do Amanhã

por Fargon Jinn

Você pode imaginar o que seria a sua vida se soubesse que não poderia morrer por envelhecimento? Essa é a grande questão levantada por esse filme fantástico.

Aos vinte e cinco anos o seu organismo se estabiliza e você torna-se eterno. Mas como fica a superpopulação? Todos os dias nascendo pessoas e não morrendo mais. O mundo se tornaria inabitável em cerca de trinta ou quarenta anos. Os meios de produção utilizariam o limite de toda matéria prima nova ou reciclada. Talvez desenvolvêssemos alternativas. Mas como ficariam a água, o ar, as ruas, e tudo o mais?

Vive-se para o minuto de cada dia
A ciência, no filme, desenvolve um relógio genético. Todos os humanos nascem com ele, aos vinte e cinco ele começa a funcionar e a pessoa tem um ano de crédito a partir de então. A contagem regressiva inicia e, ao zerar do cronômetro seu coração para instantaneamente, sem dor.

Então, se você prestar trabalho ou vender coisas receberá créditos de tempo. Se comprar coisas ou serviços, fizer empréstimos, perderá tempo. O seu relógio é ajustado a cada transação. O tempo é a moeda. E aos vinte e cinco anos um cidadão já pode estar endividado de todo o seu tempo. Ao invés de um ano, no momento em que o relógio se ativa, você terá apenas alguns segundos. Alguém que seja rico pode viver por milhões de anos.

Repito a pergunta do início deste artigo: O que você faria de sua vida, o que aprenderia, como se divertiria, o que construiria, o que criaria, como se melhoraria, se tivesse vida eterna?

Nós, em geral, nos damos conta do tempo após os vinte e oito ou trinta anos. Até então muita gente sabe que precisa estudar e trabalhar, porque precisaremos de dinheiro para nossa velhice. Mas, de fato, tudo parece meio irreal. Aos dezessete anos parece-nos que aquilo que diz respeito ao tempo é muito demorado, e envelhecimento só ocorrerá em séculos. Com o passar dos anos vemos como estávamos enganados, as coisas acontecem muito antes do que supúnhamos e a idade nos assalta (essa é a palavra – assalto), e nos tira nossa juventude de um instante para outro.

Crédito de tempo
O filme ocorre num futuro próximo, 2161, e nos confronta com aspectos que eu nunca imaginei. Tais questionamentos em nossas mentes é algo absolutamente maravilhoso.



Andrew Niccol - Diretor e Escritor
Escrito e dirigido por Andrew Niccol, que já tem em sua filmografia obras primas como Gattaca (1997), Show de Truman (1998) e S1m0ne (2002), nos apresenta mais esta distopia de uma forma singela e criativa. Os diálogos, a atitude, a cenografia, a edição, a trilha sonora, enfim, tudo está exatamente na medida. Vemos aqui uma ficção científica hard, tal como vimos em Gattaca, algo absolutamente verossímil e introspectivo.

A narrativa é agradabilíssima e, aos poucos, vamos sendo introduzidos neste novo mundo sem estranheza e sem choques. A história é rápida sem aqueles lapsos contemplativos de filmes como Solaris (1968 e 2002) ou 2001: Uma Odisséia no Espaço (1968), por exemplo. O final nos chega cedo, bem quando ainda queríamos mais umas três horas de exibição.

Exemplo de cena bem projetada
O roteiro foge aos clichês, bem ao estilo Andrew Niccol. E as cenas de ação são leves mas reais, os pontos intensos são bem marcados e sem exageros, nada de slow motion ou multicam digital ring (efeito Matrix). Ou seja, não vamos assistir a um espetáculo de efeitos especiais, mas a um espetáculo que utiliza efeitos para dar consistência e relevância. Ali pode-se ver muita tomada de grua ou de tripé, sem abusar da steadycam. Nada contra um steadycam mas, às vezes, isso cansa.

Cillian Murphy como Guardião do Tempo
O ponto negativo fica para o elenco. Diria mal escolhido se não fosse por Cillian Murphy, o Espantalho de Batman Begins (2005), Olivia Wilde (Tron: Legacy – 2010) e Johnny Galecki, o Leonard Hofstadter de The Big Bang Theory. Todo o resto, a começar por Justin Timberlake (protagonista), careceu de uma maior dramaticidade. O que não é comum para este diretor que sabe muito bem como trabalhar atores. Desta vez, se não foi proposital, errou a mão.


Cillian Murphy, por sua vez, deu um show de talento e roubou o filme. Este ator é alguém que definitivamente deverá nos apresentar grandes trabalhos. Vamos acompanhar sua carreira com a devida atenção e ver no que ele se transformará se continuar crescendo assim.

Recomendo a todos este filme, é diversão garantida e digna de uma sala de cinema.

O Preço do Amanhã (In Time): 2011, EUA
Roteiro e direção: Andrew Niccol
Elenco: Justin Timberlake, Amanda Seyfried, Cillian Murphy, Olivia Wilde, Alex Pettyfer, Vincent Kartheiser e Johnny Galecki
Orçamento: US$40 milhões
Bilheteria: US$95 milhões

Nossa avaliação: 
Delta-Shield Diamante

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Notícia de 24 de novembro de 2011

EXTRA! EXTRA! PLANTÃO FANTASTIC ZONE COM NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA!!!

por Fabok

Star Trek confirmadíssimo: As filmagens do novo Star Trek começam em 15 de janeiro de 2012 e finalmente temos a estréia para 17 de maio de 2013. O novo Star Trek será o primeiro da franquia a ser rodado em 3D. A Paramount escolheu o 3D para tentar aumentar a bilheteria fora dos EUA, já que os filmes de Jornada nunca se saem bem no exterior. De acordo com J.J. Abrams a sequência não terá uma forte ligação com o filme anterior pelo menos no quesito plot. Com os personagens estabelecidos os roteiristas teriam mais liberdade para desenvolver a estória. Agora é só aguardar.
Fonte: trekmovie.com

 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Game of Thrones: A produção da HBO

por Fabok

Espetacular produção da HBO
Num ano fraquíssimo de produções televisivas, foi uma grata surpresa descobrir Game of Thrones. Baseada no primeiro livro da saga de fantasia A Song of Ice and Fire que hoje se encontra em seu quinto volume, a série lançou seu autor G. R. R. Martin, até então um ilustre desconhecido em terras brasileiras ao status de escritor cult. Hoje em quase todas as livrarias temos uma seção inteiramente dedicada à obra, cujos três primeiros volumes já foram publicados em nosso país.

Cenários primorosos
Com uma produção primorosa e filmagens na Irlanda do Norte e em Malta, Game of Thrones se passa no imaginário Sete Reinos de Westeros. Lá seus “verões duram décadas e os invernos uma vida inteira”, e suas casas nobres estão em um constante jogo de intrigas e batalhas pela conquista do Trono de Ferro.

A série em sua primeira temporada é composta de três núcleos distintos:


Primeiro núcleo


Casas Nobres de Westeros
Aqui somos apresentados às Casas Stark, Lannister e Baratheon. A princípio aliadas, estas três casas desencadeiam um conflito que envolverá os Sete Reinos. Isso acontece quando o Rei Robert Baratheon (Mark Addy de The Full Monty) nomeia Ned Stark (Sean Bean de O Senhor dos Anéis), seu antigo amigo e companheiro de batalhas, para o posto de A Mão do Rei, indo de encontro aos planos da ambiciosa Rainha Cersei (Lena Headey de 300). Robert, que quando jovem era um exímio guerreiro, se recente de ter abandonado sua antiga vida para se tornar rei e prefere passar seus tempos em caçadas. E por ocasião da morte do seu antigo “Mão do Rei”, decide passar o cargo para o honrado Ned.

Estranha semelhança
Jamie Lannister, irmão da Rainha é interpretado pelo ator dinamarquês Nikolaj Coster-Waldau. A semelhança do ator com o Prince Charming de Shrek é incrível. Ele e a irmã farão de tudo para tomar o poder. Tudo mesmo.

Peter Dinklage como Tyrion Lannister
O grande destaque deste núcleo é o outro irmão da Rainha, o anão Tyrion Lannister, interpretado com maestria pelo ator Peter Dinklage (Morte no Funeral). Tratado como pária por causa de sua aparência, Tyrion é o único a perceber, com sua inteligência, sagacidade e cinismo, cada movimento do ‘jogo dos tronos’ em que os Starks, Lannisters e Baratheons estão envolvidos.


Segundo núcleo


A Muralha
Girando ao redor do filho bastardo de Ned, Jon Snow, este é tratado com indiferença pela esposa de Ned, Catelyn Stark e sabe que nunca terá os mesmos direitos dos filhos legítimos de Ned. Jon decide partir para a Muralha e se juntar à Patrulha do Norte, uma ordem que recruta suas fileiras entre exilados e criminosos que escolhem o exílio na Muralha a serem executados ou presos em suas terras de origem. A Muralha é uma gigantesca fortificação de gelo de mais de 210 metros de altura e 400 km de extensão separando Westeros das míticas “terras sem lei do norte” e seus perigos, fontes de sangrentas guerras num passado muito remoto.


Terceiro núcleo


Emilia Clarke é Daenerys
Por fim temos o núcleo centrado em Daenerys Targaryen (Emilia Clarke). Ela e seu irmão Viserys são os únicos herdeiros vivos do Rei Aerys II, cujo trono fora usurpado por Robert que, ainda, ordenou o massacre dos Targaryen.

Jason Momoa como Drogo
Daenerys é tratada por seu ambicioso e vingativo irmão com uma mercadoria, e acaba oferecendo-a em casamento a Khal Drogo (Jason Momoa, de Connan), senhor da guerra do bárbaro povo nômade Dothraki, planejando usá-los para reconquistar o Trono de Ferro.

A casa Targaryen séculos antes fora capaz de dominar dragões, agora extintos há muito, e usá-los em batalha para conquistar o poder. O inesperado acontece quando a jovem Daenerys e Drogo se apaixonam, colocando em cheque os planos de Viserys.

Em Guerra dos Tronos há força também nas mulheres

Seres fantásticos
O interessante é que o elemento fantasia, pelo menos num primeiro momento, não é o foco da série, você esqueça completamente dele, mas na metade final da temporada ele ganha cada vez mais importância. Uma dica ao explorador desavisado, não se apegue muito aos personagens... Assista, ou até mesmo leia, e descubra o por quê.


As expectativas são altíssimas para a segunda temporada baseada no livro seguinte da saga, A Fúria dos Reis. Consideravelmente maior e com muito mais batalhas que o anterior, exigirá um enorme trabalho da HBO para não desapontar os fãs. Se pensarmos mais adiante o terceiro livro, A Tormenta de Espadas está na casa das mil páginas. E o autor G. R. R. Martin já avisou que a saga só se completará com sete livros. A pergunta é: 13 episódios por temporada serão suficientes para uma trama tão complexa? Só o tempo dirá, mas enquanto isso, não deixe de conferir Game of Thrones. 


Uma curiosidade final: prestem bem atenção na ótima sequência de abertura da série que além de uma bela música tema, muda sutilmente a cada episódio de acordo com a região de Westeros focados no mesmo.

Nossa avaliação:
Delta-Shield Diamante