Esta
é a terceira de uma quadrilogia de artigos
escritos por Fargon Jinn e Fabok
No
cinema 007 foi um sucesso explosivo
desde o princípio. Quebrando recordes de bilheteria a cada novo filme, levou os
roteiristas e diretores a forçar a ação, tornando James Bond um agente
infalível e com capacidades acima do humano normal, reunindo inteligência
superior, coordenação motora perfeita, memória eidética, leitura dinâmica,
entre outras, tornavam-no o espião perfeito. Curiosamente a poliglossia que o
personagem possuía nos livros foi esquecida nas telonas. O divisor de águas que
influenciou todos os seguintes foi em Goldfinger.
Poster do filme de 1964 |
A
produção de 007 levou os cineastas a
buscarem perfeição e espetáculo nos seus mais altos graus de excelência. A cada
nova aventura cinematográfica, os fãs eram surpreendidos com bases secretas
dentro de montanhas, cidades submarinas e até mesmo batalhas no espaço. O
desenho de produção destes filmes até hoje impressiona e os efeitos visuais
eram o que se tinha de melhor na época. As seqüências de ação, a maioria
realizada ao vivo ou com maquetes, deixa no chão muito CGI de hoje. Steven Spielberg confessou que sua maior frustração,
como diretor, foi nunca ter trabalhado num filme de James Bond. Quentin
Tarantino não se conforma de não ter sido escolhido para dirigir Cassino Royale. Tem-se aí uma idéia da
força do personagem no imaginário da cultura pop.
Grande
parte do sucesso também se deve aos intérpretes do espião. Sean Connery de
imediato foi lançado ao estrelato. As mulheres suspiravam por ele, e os homens
queriam imitá-lo. Ele trouxe ao personagem um cinismo e frieza que marcaram
época. Em Goldfinger, sua expressão
ao ouvir o nome prá lá de sugestivo da Bond
Girl (Pussy Galore) é impagável.
Memorável também é a frieza com que ele mata uma espiã em Diamonds are Forever, de ‘71 e que marcou sua saída em definitivo da
série.
Poster do filme de 1971 |
Connery,
cansado do personagem, foi substituído pelo australiano George
Lazenby em On Her Majesty’s Secret Service, de ‘69. O filme foi um
fracasso, Lazenby um ator limitado, não agradou aos fãs e Connery foi chamado
de volta a preço de ouro em Diamonds are
Forever. Apesar disso, os profundos conhecedores da obra de Fleming alegam
que, justamente Lazenby e Timothy Dalton, atores que menos filmes fizeram
(Dalton só estrelou dois) é quem realmente desempenharam melhor o papel, pois
foram fidedignos ao Bond descrito nos livros.
Adele Fátima |
Poster do filme de 1979 |
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