por Fargon Jinn
Neil Armstrong, MIchael Collins e Edwin 'Buzz' Aldrin |
Trinta
e dois anos atrás o homem pousou na Lua. Há um mês atrás encerrou-se mais um capítulo nesta saga de mais de seis
décadas, com o fim das missões do Space Shuttle.
Em
29 de julho de 1958, em plena guerra fria, nascia o instrumento governamental
norte-americano que desempenharia um papel sem igual na história da humanidade.
Substituindo a NACA, um comitê criado um ano antes, a NASA surge com o objetivo
de elaborar um estudo e projetos de longo prazo sobre a exploração e o uso
civis do ambiente extra-terrestre.
Assustados
com o lançamento do Sputnik o congresso e público pediam medidas urgentes. Mas, um
pouco antes, neste mesmo ano, Eisenhower havia criado um projeto para
desenvolvimento de tecnologias secretas chamado ARPA, com intuito de
desenvolver mísseis balísticos e aplicações militares para o espaço. A NASA
viria com o intuito de desenvolver tecnologias de visibilidade pública, para
competir na guerra de propaganda política perante o resto do mundo.
Armbadge padrão do pessoal da NASA |
Hoje
a NASA coleciona um histórico impressionante de sucessos e fracassos. Muito mais
sucessos do que fracassos, que fique claro.
Esta
agência sozinha é responsável por seis programas tripulados: Mercury; Gemini;
Apollo; Skylab; Space Shuttle (onibus espacial); International Space Station
“ISS” (estação espacial internacional). Por mais de quinze projetos não
tripulados de sondas espaciais e planetárias: Mariner; Pioneer; Voyager; Viking; Helios;
Hubble Space Telescope; Magellan; Galileu; Mars Global Surveyor; Discovery;
Mars Exploration Rovers; New Horizons; Kepler Space Telescope; LCROSS; Centaur;
LRO; etc.
Mas
de todo este corolário de glória, existe um ponto muito sensível a todo pessoal
que compõe seus quadros. O momento de maior realização, alegria e bravura, é
tido por alguns como um embuste, uma mentira, uma conspiração contra o povo
americano e a humanidade.
Alan
Shepard descreve em seu livro “Moon Shot” esta aventura de uma forma
branda e terna, da qual emprestamos o trecho a seguir:
[tradução
própria]
Livro de 1988 |
“Neil
Armstrong parado na soleira do módulo lunar deu uma passada para trás. Ele
estava se dirigindo para um lugar onde nenhum ser humano jamais foi: A
superfície de um mundo desprovido de vida, uma superfície com
crateras e poeira sem fim – um mundo alienígena contendo os escombros do eterno
bombardeio cósmico.
Ele
parecia estranhamente confortável. Seus pés calçados em botas astronáuticas
tocavam os degraus da escada com confiança, enquanto bilhões na Terra, distante,
olhavam fixamente, em seus televisores, para uma figura fantasmagórica num traje
espacial, movendo-se lenta e seguramente escada a baixo.
Subitamente
lá estava ele.
Bilhões
testemunharam quando Neil tocou a superfície lunar.
Touchdown.
Seu
pé esquerdo pressionou com força sobre uma superfície finamente granulada às
22h56 no horário da costa leste americana, em 20 de julho de 1969.
Este
pequeno passo para um homem, é um salto gigantesco para a humanidade! -
disse Neil lentamente conforme olhava para baixo, estudando o solo abaixo de
suas botas - A superfície é fina e pulverosa! - ele reportou para um
mundo fascinado - Ela adere em finas camadas, como pó de carvão, à sola e
laterais das minhas botas. Eu apenas afundei uma fração de polegada, talvez uns
3 milímetros, mas posso ver as marcas das minhas botas em detalhes nestas
partículas de areia.”
Pegada de Armstrong |
Neil
não sabia naquela hora, mas foi esta pegada de tão alta definição que físicos
de 'fim-de-semana' ofereceriam como “a prova” de que a caminhada na lua foi uma
farsa.
A
humanidade preferiria pensar o pior de si mesma do que o melhor.
Os
'céticos' clamaram que Neil e Buzz apenas deixariam marcas, tão definidas, em
solo úmido. Mas um acurado exame do solo lunar trazido de volta à Terra,
mostrou areia virgem. Os grãos ainda tinham suas bordas escarpadas. Eles não
foram rolados pelos ventos e erosão da atmosfera terrestre. No vácuo, suas
bordas afiadas se encaixam uns nos outros deixando uma superfície tão suave
quanto areia úmida nas praias.
“Onde
estavam as estrelas?” os céticos perguntaram. As câmeras da NASA enviadas à Lua
tinham que trabalhar com curta exposição para captar a brilhante superfície
lunar e os astronautas em seus trajes espaciais. As estrelas, tão facilmente
vistas por Armstrong e Aldrin, ficaram muito fracas e subexpostas, igual às
que, hoje, são obtidas durante as missões do Space Shuttle ou na ISS.
“Por
que o foguete de descida não cavou uma cratera no solo lunar?” a resposta é
simples: Se um helicóptero não deixa marcas ao pousar num solo arenoso, o
foguete de frenagem do módulo lunar, que tem menor potência de empuxo do que um helicóptero leve, jamais poderia produzir tais marcas. É apenas um jato
de gases com dispersão. Se na nossa gravidade um helicóptero não deixa marcas
para pousar ou levantar voo, por que o faria o jato do estágio de descida, no
solo lunar? Todas as missões posteriores mostraram que também não foram
produzidas tais crateras, por que a Apollo XI deveria ser única missão que
geraria tal efeito?
Armbadge da missão Apollo XI |
Os
astronautas tiveram dificuldades em fixar a bandeira no solo lunar. O solo logo
abaixo da areia é mais rígido, a ponto de ter sido necessário bater para que o
suporte conseguisse ficar meramente em pé. A haste utilizada era leve e muito
flexível. Obviamente, sem a resistência do ar, ela oscilou por mais tempo que
normalmente oscilaria na atmosfera terrestre. Os movimentos da bandeira foram
posteriormente reproduzidos no programa Mithbusters do Discovey
Channel e na câmara de vácuo do Centro de Voo Espacial Marshall, em
Huntsville, Alabama, o resultado confirmou o mesmo tipo de oscilação vista durante a missão de Armstrong
Aldrin
ainda depositou, no solo lunar, um espelho multifacetado, com o propósito de se
fazer a medição da distância Terra-Lua através da reflexão de lasers. Este
instrumento começou a ser utilizado minutos após a sua instalação, por
universidades e observatórios no mundo inteiro. Este equipamento não poderia
ser depositado automaticamente, foi preciso vários minutos em contato com
Houston até que os ajustes precisos fossem concluídos. São aferições feitas
através de parafusos com precisão micrométrica. Se a tripulação da Apollo XI
não fez aquilo, naquele dia, quem é que estava fazendo? Este espelho ainda hoje
é utilizado.
Foto do LRO - 2009 |
Precisou
quatro décadas, mas, finalmente, os apelativos protestos silenciaram. O LRO (Lunar
Reconnaissance Orbiter) enviou fotos do local de pouso de seis missões,
inclusive da missão Apollo XI no Mar da Tranquilidade. A prova é definitiva. Contudo, por incrível que
pareça, todos os dias ainda surgem conjecturações geniais, 'provando' por qualquer
que seja a ideossincrasia, que os astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin,
juntamente com 44.000 funcionários, técnicos e cientistas da NASA, acrescido de
duas nações inimigas (China e a antiga URSS), compactuaram para a maior mentira
da história da humanidade.
I rest my case, your highness...
Pois é Fargon, a ida à Lua é um acontecimento tão poderoso que muitos têm dificuldade de acreditar. Sim, há mais de 40 anos chegamos lá, simplesmente porque o Espírito Humano é indomável!
ResponderExcluirCom certeza Fabok, e negar esta realização é a grande depreciação deste Espírito Humano. Acredito até que quem faz isso reflete a sua sensação de incapacidade nos outros, na humanidade inteira. Grato pelo comentário.
ResponderExcluirFargon Jinn