sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Na era da ovnilogia


por Fargon Jinn

Pois é, estamos revivendo um boom, um reaquecimento de uma infecção crônica. Ovnilogia para alguns, ufology para outros ou, num bom ‘portuglês’, ufologia. São sinônimos de uma pseudociência que habita os livros, as estatísticas, os jornais e, no momento, o cinema.
Grupo local, onde está a Via Láctea

A questão aqui não é a existência ou não seres alienígenas. Por que se não houver... Como diria Carl Sagan “Mas que desperdício de espaço!!!”.
Então as dúvidas passam a ser: Eles chegaram até aqui? Se chegaram, continuam aqui, ou já foram embora? Como chegaram? Como nos localizaram? Nos estudam? Como nos estudam?
Aí é que ‘a porca torce o rabo’.
Pessoalmente penso que se houver uma espécie inteligente, com avanço social e tecnológico para terem sobrevividos a si mesmos, a todos os cataclismos e ainda não evoluíram para algo mais etéreo; possuem um espírito aventureiro e explorador; que não sejam belicistas; e, por fim, possuem recursos suficientes para transladar distâncias absurdas. Então eles deveriam estar se dedicando a descobrir sobre as origens e o destino da vida e como sobreviver à maior de todas as catástrofes: O fim deste universo.
OVNI creditado à Área 51
Mas se assim mesmo eles querem estudar sobre a vida em outros lugares? Tudo bem. Então vamos analisar sobre esse aspecto.
Eles são tão avançados que já catalogaram todos os planetas capazes de manter vida superior, na Via Láctea. Eles mandaram sondas para verificar as condições de cada planeta. As sondas viajam em velocidades sub-luz ou ultra-luz? Se for sub-luz, deverão levar vários milhões de anos para fazer tais observações. Se for ultra-luz, o que será mais que eles podem fazer?

Viagem no tempo? Deslocamentos transdimensionais? Superaram as limitações da física de partículas, e conseguem se teleportar e gerar matéria a partir da energia? A energia não é mais um fator de limitação? Manipulam o tecido da realidade?

Tem alguém aí? (cena de O Iluminado)
Ainda tem algum leitor nesta altura do texto?

Tem?!

Deixe-me lhes fazer um lembrete: Agendar uma consulta com um psicoterapeuta o mais rápido possível.

Alguém pode me dizer o que é que seres com a capacidade destes caras, iriam querer fazer aqui neste planetinha de merda?
Transar com as nossas mulheres? Pfffuu!
Estudar nosso ADN (odeio esse lance de dizer DNA), para gerar um híbrido? Nããa!
Cena de 'V' (2009)
Roubar água...
Se abastecer de carne...
Chupar nosso sangue...
Nos escravizar...
Destruir tudo por que são xenófobos...
Querem nos ensinar sobre a vida, o universo e tudo o mais? Bah! 42 na cabeça!
Ocupar o nosso planetinha, por que são preguiçosos e destruíram tudo por onde passaram... manda o Greenpeace prá cima deles que os caras se matam de tédio.


Mas... vamos pensar em algo diferente... Que tal uma civilização evoluída suficientemente para abandonar o seu planeta natal.

Por que fazer isso?
Muito simples!
Pense quantas vezes a vida no nosso planeta teve que recomeçar a partir de situações extremas. A mais famosa de todas – a extinção dos dinossauros. Mas várias vezes coisas assim ameaçaram a vida. Desde choques de meteoros gigantes até eras glaciais, enchentes (dilúvio?) e secas. Nós sempre estamos vivendo um jogo de loteria cósmica, onde nossas probabilidades são mínimas.


Concepção do impacto de um meteoro
Então uma espécie que se cansou de ser alvo de cometas, se lança definitivamente ao espaço, criando colônias em estações gigantescas. E, uma vez que você já está no espaço, por que não sair em busca de novos lugares? Mais ou menos como a família Schürmann. Eles vivem num mundo ideal, totalmente controlado, podem criar ambientes ‘naturais’ para lembrar da vida no planeta, com oceanos, desertos, florestas, montanhas, vilas, enfim o que for necessário para que a vida seja maravilhosa. Estabelecem uma rota que cruze os sistemas estelares com maior possibilidade de possuir vida inteligente e, partem.

Concepção de comunidade espacial
Viajam a velocidades quase relativísticas, algo como um ou dois décimos da velocidade da luz, e assim em alguns séculos eles chegam a um novo planeta com uma civilização. Durante sua aproximação eles os estudam, mas não interferem. Afinal, lidar com uma cultura totalmente diferente da sua pode ser um desastre absoluto.


A comunicação será virtualmente impossível. Alguns usarão sinais táteis para trocar experiências, outros a luz, outros serão mímicos, outros se comunicarão com ultrassons. Como decifrar tudo isso e ainda as minúcias culturais que tornam as ações e reações algo lógico? Talvez até consigam.

Clique para ampliar
Mas ética pode ser um conceito que eles nunca desenvolveram plenamente, e resolvem que precisam testar se sua capacidade de comunicação com esta espécie é efetiva. Então eles constroem autômatos que copiam perfeitamente esta nova espécie e abduzem algumas pessoas, tentam se comunicar com elas. Falham miseravelmente. Drogam-nas para que suas memórias fiquem comprometidas, as marcam com algum chip discreto, para poderem acompanhar por algum tempo suas vidas. Seguem neste processo até que sua colônia esteja tão distante que já não é mais possível nenhum procedimento. Então eles passarão outros séculos compilando e decifrando os trilhões de yottabytes que acumularam de informações, produzirão milhões de teorias enquanto se preparam para o próximo contato.

...nisso eu acredito...


Konstantin Tsiolkovsky disse certa vez “A Terra é o berço da humanidade, mas o homem não viverá para sempre em seu berço”. Nesse caso, podemos dizer:
“A verdade está lá fora!”

Nenhum comentário:

Postar um comentário