quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Colônias submarinas

por Fargon Jinn
Aquatica representa todas as regiões submersas do mundo, primariamente consistindo de um único oceano planetário que circunda o globo. Esta é a bandeira de todas as regiões que serão ocupadas em caráter permantente, e seus cidadãos serão os aquáticos.
 
De todos os 100 bilhões de seres humanos que já viveram, nenhum já viveu permanentemente sob o mar. Enquanto nós temos a tecnologia para colonizar este vasto domínio tridimensional há mais de meio século, este permanece vazio de entrepostos, colônias ou cidades – ou mesmo um único habitante que seja. Enquanto este imenso território cobre quase três quartos do globo, ninguém jamais foi até lá para ficar.
Dennis Chamberland relata, em seu livro “Undersea Colony” (Colônia Submarina – tradução livre, visto que não há versão em português) a história desta exploração desde suas primeiras tentativas em 1962 (num experimento de vinte quatro horas sob o oceano), até os dias atuais. Surpreendentemente, esta cuidadosa coletânea dos registros históricos da penetração do homem no oceano, revela inícios mal conduzidos, incompreensão da capacidade humana de adaptação e, eventualmente, o grande abandono deste objetivo. Ainda, em seu livro, ele revela os projetos visionários para os pioneiros deste século, onde colonos e famílias serão os primeiros habitantes de Aquatica, a primeira cidade submarina.
Concepção do submarino da Virgin Oceanic
Por outro lado, temos as primeiras conquistas da iniciativa privada, com Sir Richard Branson. Fundador do Virgin Group, depois de bater recordes em balões, vencer o X Prize com o seu Spaceship One, produzido por sua empresa, Virgin Galactic (que irá disponibilizar para a próxima década as primeiras viagens comerciais do homem ao espaço), chega agora com a Virgin Oceanic, empresa que utilizará submarinos para três pessoas que poderão chegar a três quilômetros de profundidade.
A NASA também vislumbra as profundezas como um meio de se chegar a Marte. O lago Pavilion, na Colúmbia Britânica (estado canadense), surge como lar de um mistério biológico. Estruturas similares a corais, formadas por depósitos de bactérias, conhecidas como microbialites formaram o fundo do leito deste lago canadense. O incomum é que, provavelmente é a única ocorrência que existe, deste tipo, em água doce. Mas o mais incomum é o motivo de astronautas estarem explorando o fundo deste lago. A Lua não tem lagos e os de marte, se algum dia existiram, não está na pauta de exploração da NASA. Mas o verdadeiro motivo reside na logística empregada neste tipo de operação. É um processo muito semelhante aos métodos exploratórios que seriam utilizados em outros planetas.
A humanidade, depois de ir buscar respostas fora de nossa atmosfera, descobre que podemos aprender muito ainda a respeito do universo, aqui mesmo, nas profundezas do nosso planeta.

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