Primeira cena de impacto arrebata o espectador |
E Charlie responde – Sim, Ambush está aqui! Aguarde um momento!
Em seguida um monstro maciço de aço oxidado e cheio de mossas se ergue com agilidade e começa a andar dentro do caminhão em direção ao grupo de meninas que aguardam na porta da carroceria.
Cartaz do filme com Ambush |
Por outro lado temos uma perfeita coleção de clichês. Praticamente não existe um diálogo que nos pegue desprevenidos. A cada fala, prevemos a seguinte. Os roteiristas John Gatins (direção de Dreamer: Ispired by a True Story - 2005) e Sheldon Turner (roteirista de O Massacre da Serra Elétrica - 2006 e X-Men: First Class - 2011) não conseguiram inovar em absolutamente nada. Uma pena, perderam uma excelente oportunidade.
Diretor Shawn Levy |
No desenvolvimento do drama, voltamos aqui aos clichês. Incrível como a Indústria não sabe mais fazer, ou tem medo, de dramas originais. Nunca mais se viu um Uma Linda Mulher (1990), Ghost: do Outro Lado da Vida (1990) ou Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças (2004). Os relacionamentos, os conflitos e os desenvolvimentos de personagens estão plastificados e classificados. Os produtores, diretores e roteiristas não se arriscam mais, ou perderam a mão em meio a tantos remakes, reboots, sequels e prequels.
Dakota Goyo como Max Kenton |
Os cenários, a fotografia, os trabalhos de câmera, de som e edição também estão impecáveis. A trilha sonora de Danny Elfman está muito diferente de seu estilo normal mas não deixa a desejar.
O filme é baseado num conto de 1956, chamado Steel, de Richard Matheson (Eu Sou a Lenda - 1971/2007, O Incrível Homem que Encolheu - 1957, Em Algum Lugar do Passado – 1980, Jornada nas Estrelas: A Série Original – O Inimigo Interior – 1967, Kolchak e os Demônios da Noite – 1972, entre muuuuiiiito mais). Já houve um episódio de Além da Imaginação (1963), com o mesmo nome, que dramatizou esta narrativa. Shawn Levy e Spielberg (produtor executivo) resolveram retratar marcos simbólicos nostálgicos dos anos 50, como as feiras rurais, as feiras estatais, as lutas clandestinas, e todo o contexto e o visual do estilo conhecido como Americana. Desde o caminhão dirigido por Charlie até o figurino nos sentimos em casa, não tem nada de estranho, distópico ou que nos lance num futuro incerto. A história acontece em 2020, e todo o referencial é bem realista, contribuindo para a sensação de que tudo ali é verdadeiro e faz sentido.
O ator se vê como o personagem numa tela, enquanto o interpreta. |
Em suma, o filme é divertido, interessante, a narrativa flui com tranquilidade, quando o espectador se dá conta estamos nos créditos finais. Para quem conhece os filmes de Rocky não deixará de fazer as pontes, desde alguns diálogos até as cenas de box. Outras referências podem ser encontradas que remetem a filmes com temática semelhante, como Falcão – O Campeão dos Campeões (1987) e O Campeão (1979) de Franco Zefirelli.
Não percam Real Steel 2 - com novos e impressionantes FX |
Gigantes de Aço (Real Steel): 2011, EUA
Direção: Shawn Levy
Roteiro: John Gatins e Sheldon Turner
Elenco: Hugh Jackman, Dakota Goyo, Kevin Durand e Evangeline Lilly
Direção: Shawn Levy
Roteiro: John Gatins e Sheldon Turner
Elenco: Hugh Jackman, Dakota Goyo, Kevin Durand e Evangeline Lilly
Nossa avaliação:
Delta Shield-Ouro |
Mais uma vez! Show de bola a matéria Fargon!
ResponderExcluirJá estou "me coçando" para ir conferir mais esse filme, pois em um dos trailers, vi uma cena que deu a impressão de fazer referência a série "Transformers" de 1984. Um grande abraço! Rodrigo Alpoim.
Pois é Rodrigo, o filme é cheio de referências. Mas precisa ser um fã de Transformers para encontrar essa daí. Como nunca me liguei muito na série, essa me escapou. Mas se vc encontrar essa referência no filme, não deixe de fazer um coment aqui para nos dizer exatamente qual é. Grande abraço, e obrigado pelo comentário, amigo.
ResponderExcluirFargon Jinn