segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Os Três Mosqueteiros

Milla Jovovich dá, novamente, o ar mesmerizante de sua graça nesta nova adaptação para o cinema.



por Fagon Jinn

Este clássico de Alexandre Dumas, publicado em 1844, já produziu vinte e cinco versões filmadas, uma delas para a TV, foram sete sequências, sete versões de animação e sete minisséries. Deixamos de lado as montagens teatrais, quadrinizações e jogos eletrônicos.


Desde o cinema mudo, até este último realizado em 3D, com a tecnologia RealD (mesma de Avatar – 2009), tivemos todo tipo de variação. Foram sete produções francesas, uma comédia mexicana, um musical soviético, um com base no estilo dos filmes de ação asiáticos, um nos trás Gene Kelly e Lana Turner. O primeiro, que estreou em 1903, quase nada se sabe sobre ele. Daí por diante tivemos de tudo, em 1921 foram duas estréias num mesmo ano, outros tiveram intervalos de dois ou três anos entre eles. Mas, com certeza, é um dos títulos mais recorrentes em Hollywood.

Poster oficial
Estreou no Brasil sua última versão. Espetacular. O enredo conseguiu inovar e nos trás muitas novidades. De imediato descobrimos que os mosqueteiros não são apenas a guarda real, mas uma espécie de precursores do MI6 ou da CIA. Leonardo Da Vince dá sua contribuição à trama para justificar a motivação steampunk. A história é ativa, cativante, engraçada e diverte muito bem. E para completar, o 3D é algo de fenomenal. Quem tiver a oportunidade de ver no cinema ou numa TV com esta tecnologia poderá atestar o bom uso deste recurso. Não é apenas profundidade, e não abusa da brincadeira de lançar objetos na cara do espectador. Tem horas que o público se sente sufocar com a poeira e a fumaça, em outras você tem impulsos de virar a cabeça para os lados tentando seguir um objeto que parece saltar da tela. Mas, o mais interessante é que o uso do 3D é relevante para a narrativa. Não quer dizer que se for vista em projeção normal perde-se o contexto, mas sem dúvida tira-se a beleza de muitas tomadas que só são impressionantes por causa da tridimensionalidade.

Quatro Mosqueteiros?
O elenco é muito bom. Logan Lerman (Percy Jackson – 2010) está muito bem como D’Artagnan, Matthew Macfadyen (Sheriff de Nottinghan em Robin Hood - 2010) e sua impressionante voz fazem um excelente Athos, Ray Stevenson (Titus Pullo em Roma da HBO) impõe-se como Porthos e, para completar o trio ou quarteto, Luke Evans (Apolo em Fúria de Titãns – 2010) que dá o refinamento ao grupo. Milla Jovovich desta vez faz uma deliciosa vilã. E, para completar o desfile de famosos, Orlando Bloom (Legolas em O Senhor dos Anéis – 2001) vem no papel do Duque de Buckingham.

A produção teve um custo US$90.000.000,00, mas, em dois meses fechou uma arrecadação de US$73.200.000,00. Com o tempo devido a arrecadação deverá custear e gerar renda suficiente para fazer alguém até pensar numa sequência, mas até agora o público em geral não se interessou em ver esta vigésima quinta versão cinematográfica. Uma pena que o preconceito e uma divulgação errada tenha tirado o brilho deste espetáculo feito, com certeza, com muito carinho.

MIlla e Paul Anderson
O diretor Paul W. S. Anderson, não é um dos meus favoritos, aliás, do que ele fez até agora nada me impressionou, em seu currículo vemos coisas como Mortal Kombat (1995), Event Horizon (1997), toda a franquia Resident Evil e Alien vs Predator (2004), ou seja, nada convidativo, no meu entender. Mas uma coisa que pouco vejo me conquistou: o trailler. Nunca assisto aos teasers e traillers, no cinema ou na net. Mas quando não estou interessado num filme, aí assisto, sem problema. Este me chamou à atenção. Resolvi assistir, fomos eu e minha filha, adoramos a cada tomada, desde a abertura. Foram muitos ahs e ohs. Nossos e do público. Uma surpresa realmente. E para ajudar, o som da sala 8 do UCI, no Shopping Iguatemi Fortaleza, bem como a projeção estão no pique da forma. Então foi isso, uma conjuntura de fatores que nos permitiu uma noite de diversão e muita conversa sobre os detalhes e sobre esta obra de Dumas.

Nossa avaliação: 
Delta-Shield Ouro

2 comentários:

  1. Fargon, acabei de chegar do cinema. O filme é muito divertido. O diretor Paul Anderson vem dominando cada vez mais o 3D. Começou com o Resident Evil 4 e agora a técnica está bem mais refinada. Tá certo que ele é meio exagerado...mas o que importa é que Os Três mosqueteiros é pipoca de primeira. Valeu a dica!

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  2. Valeu grande amigo. Realmente um pipocão mesmo, mas bem divertido. Obrigado pelo comentário.

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