quinta-feira, 31 de maio de 2012

The Fantastic Zone


Nesta semana, os amigos exploradores estão recebendo uma nova leva de notícias quentinhas.

A semana nerd está acabando, mas o mês nerd vai continuar, ainda teremos vários artigos sobre nerdisses e Star Wars. Estivemos, no dia , no dia 25 de maio colaborando com o evento Dia do Orgulho Nerd na Livraria Saraiva Megastore de Fortaleza. Foi demais. Falamos sobre a Mística Jedi, e daí para outros assuntos relacionados ao universo fantástico.

Esta semana tem assuntos espetaculares no The Fantastic Zone, não deixem de ler.

O diretor de MIB3, Barry Sonnenfeld tem uma novidade interessantíssima: Dominion.

Querem saber mais sobre Homem de Ferro 3? Não deixem de olhar! Ainda tem mais, querem saber sobre Mad Max? Esta franquia ainda não está encerrada, e vem coisa nova por aí! Ou não...!

Para ver as notícias acesse a aba 'The Fantastic Zone' na parte superior do site.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

MIB3 - Homens de Preto

RESENHA CINEMATOGRÁFICA
MIB3 - Homens de Preto 3
Alerta: este artigo tem spoilers moderados

por Babi-Wan

Pois bem, quinze anos depois do primeiro filme, será que é possível retomar a proposta de 1997 e 2002 sem perder a qualidade?

Tarefa difícil, uma vez que o filme de 97 foi um sucesso flamante, tanto pela crítica quanto pelo público, e o de 2002 que, apesar de seus respectivos merecimentos, não chegava aos pés de seu antecessor. MIB 3 acaba não sendo tão bom quanto o primeiro, mas superior em muitos sentidos para a sequela risível.

Jemaine Clement é a voz de Boris - o Animal
O enredo: Boris, o Animal (Jemaine Clement) é um alienígena da espécie boglodite que veio à Terra em 1969 com a finalidade de destruir o planeta em nome da perpetuação de seu povo. Foi impedido pelo Agente K (Josh Brolin) que decepou seu braço e o prendeu em Lunar Max. Quarenta anos depois, Boris consegue ajuda para fugir da prisão e retornar à Terra a fim, não só de acabar com o planeta mas também recuperar um pequeno pedaço do seu antigo eu. Para concretizar seus planos de vingança, o boglodite arranja um jeito de voltar no tempo. Então, quando isso ocorre, toda a memória do Agente K é apagada e uma invasão alienígena acontece. Com o intuito de evitar que a história seja modificada e seu parceiro nunca exista, é que o Agente J (Will Smith) volta no tempo. Na década de 60, J encontra K, e partilham de vários momentos divertidos. No meio dessa trama surge o personagem Griffin (Michael Stuhlbarg), um alienígena muito supimpa que tem o dom de visão multi-plataforma – basicamente ele consegue ver possíveis cenários para o que acontece em seguida, baseado no que acontece agora. Griffin se propõe a ajudar J e K, pois depois de ter tido seu planeta aniquilado ele não quer que outra civilização se perca.

Boris e sua namorada, Nicole Scherzinger do grupo The Pussycat Dolls
Bom, o filme tenta ser descontraído – e por muitas vezes fracassa no quesito, torna a piada um tanto forçada. A medida que a trama vai se desenrolando são acrescidos momentos mais profundos, como interações as quais Smith passa a conhecer um pouco mais de Brolin - que encara o personagem com naturalidade e consegue misturar de uma forma radiante sisudez, um pouco de 'cor' e até romantismo. O nojo continua sendo uma característica marcante. Os efeitos especiais muito bons. O vilão Boris não teve tantas aparições, mas todas muito pertinentes. O mesmo para a Agente O, a qual, a meu ver, não desempenha um papel fulcral no enredo, apenas de ilustrar o lado sentimental do Agente K da década de 60. Por fim Griffin, um personagem complexo, que abre margem para inúmeras possibilidades, no entanto mal exploradas. O filme termina com muito sentimentalismo. Necessário? Quem sabe?

Josh Brolin faz o Agente K
Apesar dos percalços, o filme proporciona um bom divertimento. A Franquia, felizmente, envelheceu dignamente. Então vamos parar por aqui, ok?

MTFBWY

MIB3 - Homens de Preto 3 (Men in Black III): 2012, EUA
Direção: Barry Sonnenfeld
Roteiro: Lowell Cunninghan e Ethan Cohen
Baseado: HQ de Malibu Comic por Lowell Cunninghan
Música: Danny Elfman
Edição: Wayne Warhman e Don Zimmerman
Elenco: Will Smith, Tommy Lee Jones, Jemaine Clement e Josh Brolin

Nossa avaliação:
Delta-Shield Prata

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Área Q – ficção alienígena brasileira

CRÍTICA CINEMATOGRÁFICA

por Fargon Jinn

O Brasil tem produzido filmes de alta qualidade, nos últimos quinze anos. “O Quatrilho” (1995) foi o primeiro que recordo como sendo um produto refinado. Qualidade de produção, direção de alto nível, atores reconhecidos e outros que são verdadeiras revelações, história e roteiro com excelência, são alguns dos itens que podemos ressaltar neste e em muitos outros depois.

Há alguns anos me choquei com o nível de Cidade de Deus (2002), um filme que, além de atores desconhecidos e excelentes, uma fotografia avassaladora, tinha um roteiro maravilhoso e, o melhor, apresentava uma das mais perfeitas edições que já vi.

Filmes espíritas dominam o mercado nacional

Produção nacional de 2008
Mais recente, vieram os filmes de cunho espírita, notamos aqui uma queda pequena, mas importante, na qualidade. As histórias são conhecidas de muita gente, e não houve coragem de produzir um roteiro marcante. Para piorar, além da falta de inovação na direção, sentiram que tínhamos qualidade suficiente para arriscar CGI’s. Que falta de autocrítica. Senti-me assistindo a filmes da década de 80, feitos para a TV norte-americana.

Desta vez Halder Gomes (Cine Holiúdy – O Astista Contra o Cabra do Mal, 2004), um excelente cineasta brasileiro, atuou como produtor executivo de Área Q.

Debut brasileiro na ficção fantástica

Cenas nas formações rochosas de Quixadá - CE
Área Q é uma ficção alienígena, gênero que pertence à ficção científica. Este roteiro, no entanto, tem um argumento pouco definido: Um repórter de Los Angeles narra suas experiências de abdução por extraterrestres, durante o período em que investigava fenômenos de abdução no território brasileiro, Quixadá – CE.

Falando assim, até parece definido mas, ao final do filme, não sabemos dizer, realmente, qual é o ponto focal da história. É a experiência do jornalista? São os fenômenos de abdução? São os mistérios e milagres ligados às vítimas dos alienígenas? São as motivações dos ET’s? Ou é o filho desaparecido do protagonista?

Halder Gomes e Tânia Khalil
Nas questões técnicas, vai uma nota baixa para a fotografia e a qualidade da imagem, muito granulada, cores esmaecidas, sem contraste e sem brilho. Não sei exatamente se foi proposital, ou se foi resultado de um orçamento deficiente, ou se foi pelo cinema, mas é uma das mais baixas qualidade de imagem que já vi.

Problemas técnicos e de arte

A atuação dos atores ficou prejudicada por um roteiro fraco e uma aparente inexistência de direção. O filme é de Gerson Sanginitto (Cadáveres 2, 2008) diretor que, até então, me era desconhecido, não conheço seus trabalhos anteriores, mas se este servir de referência, poderia melhorar.

E por fim, algum uso de CGI coerente e bem conduzido. Em contrapartida, há uma cena que não diz nada, não enriquece a narrativa, apenas notei uma necessidade de se fazer algo grandioso para mostrar domínio desta tecnologia, mas achei que a tomada me lembrou muito ao remake de O Dia em que a Terra Parou (2008).

Salas vazias, dois meses em cartaz? Faz sentido?!

O diretor Sérgio Sanginitto
Gostaria muito de que um filme brasileiro com essa temática tivesse recebido um tratamento de roteiro melhor, com mais ritmo e consistência. Co-escrever junto a algum escritor brasileiro com mais know-how no assunto teria sido uma possível saída. Temos pessoal bom para isso, é só procurar.

Acho que devemos, de qualquer forma, assistir a mais esta produção nacional. Precisamos, não podemos nos furtar em comentar nossas impressões. É preciso que percebam que o público brasileiro consome, mas quer qualidade. Não somos Bollywood, e produzimos pouquíssimos filmes por ano, por isso temos que ter excelência.

OVNI's e Quixadá, uma mistura explosiva
De um modo ou de outro, o espectador não sai o mesmo, ao término do filme. Nos deixa pensativo, nos faz questionar. Isso, em si, já é algo. Tem muito, mas muita obra por aí que rende muito, e não tem um micron de conteúdo.

Se os exploradores quiserem minha recomendação: Assistam. É interessante, abre o diálogo, desperta a curiosidade e nos faz querer saber mais, ir além do final.

Área Q: 2011, Brasil
Direção: Sérgio Sanginitto
História: Sérgio Sanginitto, Carla Sanginitto e Halder Gomes
Roteiro: Sérgio Sanginitto e Júlia Câmara
Música: Perry La Marca
Edição: Helgi Thor
Elenco: Isaiah Washington, Ronnie Gene Blevins, Murilo Rosa, Ricardo Conti e Tânia Khalil

Nossa avaliação:
Delta-Shield Bronze

sábado, 26 de maio de 2012

Diário do Velho Nerd - Evento do Intersect News

SÉRIE: EVENTOS


por Fargon Jinn

Exploradores, ontem foi maaaassaaa. Estivemos num evento muito legal. Anunciamos que estaríamos na Livraria Saraiva Megastore, para o Dia do Orgulho Nerd. Mas para isso deixarei que a nossa mais nova redatora narre a sua impressão do evento.

Abertura do Painel Mística Jedi
"Ontem, dia 25 de maio, o dia da toalha me foi brindado com um super bate-papo do pessoal do Relatório da Situação que abordaram o tema Mística Jedi, frisando o contexto de origem da Força e algumas especulações acerca de suas vertentes, suas principais filosofias (e modificações, através do tempo), entre outras tangentes.

Além disso houve um um momento aberto para perguntas do público, das quais a maioria foram feitas por JJ Marreiro (acho que o pessoal estava meio envergonhado, inclusive eu, o que talvez tenha dificultado no intercâmbio palestrantes/público. Sugestão: talvez um quiz fosse algo que pudesse ajudar na interação).

Cima: Kalibak, Fernando Lima, Evilásio e Giulyo Barbosa
Baixo: Helder Maia, Fabok, Fargon Jinn, Jane Caetano e André Castro
Ainda no tema Star Wars, falou-se bastante sobre jogos, Clone Wars e um pouco sobre alguns livros da LucasBooks. Senti falta das HQ's, principalmente sobre "Splinter of the Mind's Eye", os últimos arcos do universo expandido, como Star Wars: Legacy, um arco de ousadia.

Dai os temas deixaram de permear somente o universo Star Wars para atender ao tema sci-fi como um todo. E isso foi excelente! Então, falou-se de L5, SyFy Channel, dos tipos de sci-fi e seus respectivos significados, entre outros. Achei que o tema foi ótimo e que seria uma boa chance de puxar um gancho para falar sobre filmes sci-fi que estrearam e ainda vão estrear esse ano, como John Carter, Poder sem limites, Prometheus, Extraterrestrial, Total Recall, MIB (que estreava no mesmo dia).

O painel de debates foi bem variado e divertido
No mais, falou-se da origem do Grupo e sua sua trajetória (que eu particularmente achei fantástica!).

Foi um enorme prazer estar no dia do orgulho nerd, adquirindo mais conhecimento, fazendo novos contatos, dividindo um ambiente saudável e e engraçado com tanta gente. Só tenho a desejar Live Long and Prosper a todos vocês que compõem o Relatório da Situação e agradecer por compartilhar um pouco de experiência e sabedoria.

MTFBWY*"

Pois é, amigos, a partir da próxima semana a nossa nova amiga estará colocando seus artigos conosco. Aproveito a oportunidade fazendo esta apresentação, e para os devidos agradecimento ao pessoal: Jany Caetano, Carla e André Castro pelo Intersect News; Fernando Lima e JJ Marreiro pelo Laboratório Espacial; Evilásio Jr. do Anime Portfolio e à Maíra pela Livraria Saraiva.

* Nota do Editor:
  May the Force Be With You

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Construíndo a Enterprise

SÉRIE: CRÔNICAS NERDS

por Fargon Jinn

Olá amigos exploradores. Sendo esta semana um período do ano muito especial, estou trazendo este presente ou esta pérola, dependendo dos olhos de quem vê. O que temos nas linhas a seguir é algo com o qual esbarrei nas minhas atividades exploratórias da internet. Algo que além de me encher de espanto e incredulidade, também me trouxe um pouco daquele entusiasmo infantil e inconsequente. Me fez pensar e sentir como NERD, como alguém que sonha desmedida e irresponsavelmente. E, de repente, resolve que se ninguém começar a fazer em algum ponto, ninguém nunca o fará. Então, por que não ser eu o primeiro lunático a agir? E começo a dar asas à imaginação. Sigo aquilo que alguém disse: “Toda obra prima é um por cento de inspiração e noventa e nove de transpiração!”.

Comparação entre construções e navios com a Enterprise
Então, eis que um misterioso nerd, Dan (apenas Dan), com uma idade que deve estar na casa dos cinquenta, engenheiro elétrico e de sistema, que trabalha, há trinta anos, numa poderosa empresa que explora tecnologia de ponta, senta-se na frente de seu computador e do nada cria um site que vem recebendo dezenas de milhares de visitas diariamente. buildtheenterprise.org, é sem dúvida a coisa mais impressionante que já encontrei nos últimos anos.

Um sonho, um delírio e muito trabalho

Enterprise de Star Trek (2009)
Ele acredita que poderemos construir uma Enterprise em vinte anos. Mas não uma nave qualquer. A Enterprise. Aquela, capitaneada por ninguém menos do que James Tiberius Kirk. A NCC 1701-x, Gen1. Estamos falando aqui de uma realidade? Ou é um sonho? Seria um delírio? Nenhum, nem outro. É uma proposta para o mundo. Um desafio ao estilo J. F. Kennedy.

Orçamento para vinte anos
Trata-se aqui de uma réplica estrutural na escala 1:1 da nave estelar que deveria ser construída em 2245, cujo custo é orçado em um trilhão de dólares americanos. Equivalente a cinquenta bilhões/ano. Ou seja, como se lançássemos uma centena de missões do ônibus espacial por ano, pelos próximos vinte anos.

A proposta toda está pronta. Ele gerou tudo, desde os custos de produção; organogramas; cronogramas; plantas; soluções de engenharia; métodos de construção; desenvolvimento de tecnologias; usos; missões; evolução do projeto; e, todo o programa espacial para os próximos cem anos, pelo menos. É trabalho de gente grande com imaginação de gente miúda, prolixo, proativo, fértil e desmedido.

A culpa é de Newton

A coisa toda é extremamente fantasiosa. Algumas das soluções são baseadas em conhecimentos teóricos, mas quando se faz uma projeção realista sua aplicação não ‘bate’. Por exemplo, em Star Trek, existe um gerador de gravidade. A nave de Dan tem a roda ou carrossel gravitacional, concebida para suprir a tecnologia de gravidade artificial. Este seria um cilindro giratório do tamanho da seção disco (parte dianteira da Enterprise) que produziria o equivalente a uma gravidade terrestre.


A falha desta proposta está nas três Leis de Newton. Ao iniciar-se um sistema rotatório no interior de uma espaçonave, a força aplicada ao cilindro será repartida com o restante do sistema. O cilindro gira para um lado e o restante da nave para o outro. Teríamos que compensar com jatos de manobra.

A cada vez que a Enterprise parte para uma viagem ou chega ao seu destino, o cilindro deve parar, para que se fixe todo o sistema estrutural nas alterações inerciais e, já no novo estado inercial, retomar sua rotação. Reiniciar o giro durante deslocamento, mesmo já atingida sua velocidade de cruzeiro é outra dificuldade, pois há uma séria implicação na estabilidade do sistema.

Troco três reatores nucleares por um de anti-matéria

Propulsor iônico com tanque no Electric Propulsion Laboratory em Ohio
Enquanto que no século XXIII a nossa nave teria propulsão de dobra espacial e energia de reatores matéria-antimatéria, esta seria com motores iônicos e reatores nucleares. A de Kirk viajaria entre as estrelas, a de Dan, entre os planetas e satélites do Sistema Solar.

São inúmeras diferenças, e não poderia ser de outra forma. Mas o que mais chama à atenção é a seriedade com que são levadas as propostas. São páginas e páginas esclarecendo detalhes de construção, produção, utilização e correlação a outras soluções de usufruto do espaço. Desde posto de reabastecimento para a “frota” terrestre, reparo e lançamento de satélites, limpeza de detritos orbitais, passando por laboratório espacial e centro turístico, até ferramenta de instalação de bases lunares, planetárias e cidades nas nuvens (estilo Star Wars).

Lasers no papel de Phasers
Não estou brincando. Ele planeja instalar um laser de cem megaWatts na seção frontal do disco com o fim de desintegrar o lixo espacial, fazendo as honras dos canhões phasers. O que nós poderíamos usar para substituir os torpedos fotônicos?

É prá falar a sério...?!

E os internautas estão levando à sério. O site já sofreu crash mais de uma vez por acesso excessivo.

Olha! É uma delícia. Explorei o site como se estivesse num dos muitos jogos de Star Trek. É uma experiência de realidade virtual. Você se perde no entusiasmo da imaginação. Me senti criança, novamente, assistindo a Kirk e sua tripulação, nas noites de sexta-feira, numa TV preto e branco.

Quem sabe?! Vai que realmente a massa-crítica é atingida e, num efeito turba, o projeto começa a deslanchar. Talvez não seja em vinte anos, talvez seja em sessenta, talvez mais. O importante é que tem um maluco lá fora. E ele não sabe se conter. Com a cabeça nas nuvens e os pés ainda mais altos, ele desistiu de encontrar motivos-para-não-fazer. Resolveu que os-motivos-para-fazer são melhores, e abriu a torneirinha. Essa, nem o Visconde de Sabugosa fecha. Aahh! Essa é para nerds! E... o que nerds querem... Huummm...!!!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

The Fantastic Zone


Nesta semana, os amigos exploradores estão recebendo uma nova leva de notícias quentinhas.

A semana nerd está acabando. Estivemos, no dia 22, no evento Geekencontro na Livraria Cultura de Fortaleza e foi sensacional. Falamos de Star Wars IV, juntamente com o PH Santos, Marcelo Glacial, Giovane Araújo e Adriano Macedo. E, amanhã, dia 25 de de maio teremos outro evento na Saraiva do Iguatemi. Não percam.

Saiba sobre Falling Skies, tem trailer novo na parada. E quem se liga em Highlander, tem novidades também?

Lá vem continuação e essa é fodástica - Blade Runner - e quem está conduzindo? Ninguém menos do que Ridley Scott.

E tem mais. Não deixem de acessar nossa página de novidades.

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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Diario do Velho Nerd - Evento Saraiva

SÉRIE: EVENTOS

por Fargon Jinn

Caros exploradores, na próxima sexta-feira, no dia 25 de maio, estaremos presentes no evento do Dia da Toalha, na Livraria Saraiva Megastore, Shopping Iguatemi, terceira expansão, em Fortaleza, onde faremos um bate-papo sobre o Star Wars, com o tema 'Mística Jedi'. Serão feitas explanações e, logo após, uma conversa com o público.

Será o dia todo com várias apresentações da equipe do Intersect News, Anime Portfolio, Fernando Lima e JJ Marreiro (Laboratório Espacial) e dos músicos do Grupo Doce de Flautas. Então não deixem de comparecer a mais este acontecimento em Fortaleza.

Um grande abraço a todos e até lá. Esperamos ver todo mundo...

Diário do Velho Nerd - evento Pixetera

SÉRIE: EVENTOS


por Fargon Jinn

Então amigos exploradores, ontem como dissemos anteriormente, fizemos parte de um evento na Livraria Cultura sobre Star Wars. E posso dizer como se senti satisfeito e feliz com o resultado. Deixem-me narrar.

Telão do auditório
O grupo Pixetera se encarregou de realizar este encontro no auditório da Cultura, o que eles batizaram de Geekontro, a cada dia tem uma programação diferente, e visa marcar a data de estréia do primeiro filme da Saga há trinta e cinco anos atrás.

A tarde começou com uma apresentação do filme Fanboys (2009), inédito no Brasil, o público adorou e vibrou com as picardias dos nerds. Após um pequeno intervalo, foi que começou o momento mais esperado: uma mesa redonda com uma seleção de caras muito legais. Senti-me muito honrado em estar presente e participar deste bate-papo com este grupo.


À esquerda, infelizmente borrado, Giggio, á direita Glacial
A mesa foi organizada e mediada por PH Santos do Iradex, onde participaram Giovane "Giggio" Araujo, Marcelo Glacial, Adriano Macedo, e eu, é claro.

Foram duas horas de uma conversa muito agradável, muita brincadeira, entrega de brindes para quem desse sua participação ou respondesse trívias, muita risada, muita nostagia e um público carinhoso e realmente presente.

À esquerda Adriano Macedo e à direita PH Santos
Quem esteve presente saiu satisfeito, pude ver isso nas atitudes, olhares e nas conversas, muito receptivas do público. Quem não pode ir, é realmente uma pena, mas avisamos. Então a todos, que a Força esteja presente em nossas vidas. E, até a próxima.

Prometheus: O Mistério está próximo a ser revelado

CINE PREVIEW
Alerta este artigo traz spoilers moderados

por Fabok

Recentemente, li em algum lugar, que muitos fãs dos filmes da série Alien estariam preocupados com Prometheus, o novo filme de Ridley Scott, que estreia mês que vem. O problema segundo eles, é que a trama não seria centrada nos aliens ou que eles apareceriam muito pouco e outras coisas do gênero. Minha pergunta a estes fãs é uma só: mas, e daí?

Space Jockey já visto no filme de 1979
Prometheus não é um filme da série Alien. Ele apenas se situa no mesmo universo. A proposta de Ridley Scott é muito mais ambiciosa que um simples prequel. Ao abordar dois pontos jamais respondidos pelos filmes da saga: como a megacorporação Weyland Industries sabia da existência do sinal alienígena captado pela nave Nostromo e dos xenomorfos, e quem seria o misterioso alienígena fossilizado (Space Jockey), ambos vistos em Alien, O Oitavo Passageiro (1979), o diretor se propôs a criar uma nova e ambiciosa mitologia que levará o expectador a descobrir nada menos que a própria origem da humanidade.

Enfim algumas das perguntas terão respostas

O filme ainda está cercado de mistérios, e os espetaculares trailers lançados só aumentam as expectativas. Sabendo disso, a Fox criou uma interessante campanha de marketing viral. Através do site http://www.weylandindustries.com/, o explorador poderá conhecer detalhes sobre a empresa e seu criador, Peter Weyland que é interpretado pelo ator Guy Pierce. Lá, os mais atentos, encontrarão entre os feitos da empresa, ligações com o universo de Alien como a invenção das câmaras de hipersono, da propulsão FTL (Faster than Light) e da descoberta do planeta Acheron LV-426 vistas no filme de 1979; dos processadores atmosféricos, do exoesqueleto motorizado que Ripley usa para lutar com a rainha Alien e a criação dos Space Marines de Aliens (1986); e da construção de colônias penais fora da Terra (Alien 3, 1992).

Você também encontrará informação sobre os Cybernetic Individuals, os robôs, que foram tão importantes para a série. O site conta a gênese deste projeto, desde a primeira patente registrada em 2023 até a série David 8, primeiros robôs a replicar emoções humanas e serem praticamente indistinguíveis dos seres humanos. Na nave Prometheus temos um robô desta série vivido pelo ator Michael Fassbender.

O roteiro cobre uma longa linha de tempo

Guy Pearce é Peter Weyland
O legal desta linha do tempo que vai de 1990 até 2073, é que todos os feitos de Weyland culminam com o Projeto Prometheus. E aqui vai uma curiosidade, este projeto realmente existiu. Ele foi parte de um esforço da NASA para a criação de naves movidas a propulsão nuclear para missões de longa duração. Infelizmente esta iniciativa foi cancelada pela agência em 2006 por falta de fundos. No universo do filme, a medida que a Weyland controla todos os campos do desenvolvimento científico do planeta, ela acaba comprando todos os dados referentes a ele.

Charlize Theron como Meredith Vickers
Mas qual será realmente a trama do filme? Do que consegue-se entender dos trailers é que são encontrados, em diferentes cantos da Terra, sinais de que fomos visitados por seres extraterrestres. Ao se juntar estes sinais, um aparente convite ou localização destes alienígenas é descoberto. A Weyland Industries, megacorporação de poder e influência jamais vistas na história do planeta, envia uma missão a este local. Qual sua ligação com o que já vimos na série Alien é uma resposta que só teremos quando o filme estrear. Mas do pouco que se viu, nota-se todo o cuidado com que Ridley Scott conduziu o projeto. O estúdio está tão empolgado que apoiou a decisão de levar as telas a versão sem cortes do filme, que recebeu a classificação R nos EUA, reservada a filmes com conteúdo mais adulto e agressivo.

Promessas e muita ansiedade

Para os exploradores mais ansiosos, não deixem de reassistir Alien (1979), o trailer de Prometheus faz inúmeras referências aquele filme, que só para lembrar também foi dirigido por Scott. No dia que o segundo trailer saiu, fiquei tão empolgado que resolvi rever todos os filmes da série, bom quase todos, ainda não tive coragem de enfrentar os Aliens vs Predador, se é que vocês me entendem... Uma boa pedida também é visitar o site da Weyland Industries e conferir os interessantes vídeos virais com os personagens Peter Weyland e David 8. Ao explorador mais cauteloso, fique tranquilo pois os vídeos não possuem spoilers.

Confesso que adorei os Avengers, mas pra mim Prometheus será o filme do ano. Muitos já o comparam a 2001 Uma Odisseia no Espaço. Será que teremos um novo clássico da Ficção Científica surgindo este ano? Em 15 junho descobriremos...

Ridley Scott nunca decepcionou... muita ansiedade
Até a próxima!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Star Wars - jubileu de coral (parte II)

FAZENDO A HISTÓRIA

por Fargon Jinn

George Lucas criou Star Wars como um revival dos antigos seriados de cinema. Já dissemos no artigo anterior. Mas como foi isso em detalhes, é o que trazemos aqui.

Grande fã dos antigos filmes e diretores, Lucas sempre buscou inspiração na história do cinema. “Uma ideia que já foi feita, pode ser reciclada, filtrada e dissecada. A partir da essência obtida podemos gerar novas propostas.” Dizia um de seus professores, na Universidade Sulista da Califórnia.

Star Wars é resultado de um estudo mitológico

Biggs Darklighter e Luke Skywalker
Durante um ano ele preparou um argumento para um seriado de cinema. Seria uma space opera, que contaria uma saga heróica, um épico. Os seus personagens variavam em número, motivações, trajetórias, arquétipos, etc, a cada nova versão que escrevia. Mas, mesmo com muitas variantes, não chegava a satisfazer-se com nada.

Um dia leu uns trabalhos de um estudioso, Joseph Campbell, um mitologista. George Lucas procurou Campbell, levando suas anotações, argumentos e construção de personagens, buscando uma orientação de arquétipos e figuras mitológicas que pudesse acrescentar em seus personagens e sua narrativa.

O roteiro se estrutura

Livro de 1949
Campbell, entusiasmando-se com o que viu, começou a fazer sugestões e correções a este jovem roteirista, que tudo anotava, acresentando linhas de trajetórias, e reescrevendo rapidamente seu argumento.

Ambos trabalharam animadamente por vários meses até que, satisfeito, George Lucas resolve levar o seu semipronto roteiro para alguns estúdios. Em vários nem foi recebido, em outros ganhou um sonoro não. Decepcionado, por um lado, e estranhamente satisfeito por outro, resolveu que ia mudar a sua proposta. Não queria mais um seriado. Mas ia construir um enredo a partir de um de seus capítulos.

Escolheu o que viria a ser o número quatro. Achava que seria interessante levar um filme ao cinema que apresentava-se, sem mais nenhum esclarecimento, como o quarto de uma série. Queria ver o que as plateias diriam, se procurariam pelos anteriores, ou se aceitariam sem questionar.

Roteiro pronto, preciso de dinheiro

Nesta fase Luke Starkiller ainda seria uma garota
Procurou então a Universal e a Paramount, onde também foi recusado. Desta vez, contudo, houveram discussões, olharam com uma análise mais acurada e até quiseram que ele revisse vários aspectos. Percebendo, então, que estava no caminho certo, levou seu roteiro a Alan Ladd Jr. que, após uma conversa breve, sentiu que ali poderia haver algo promissor.

Ambos apresentaram a proposta aos diretores da Fox. Alan acreditava que Star Wars pudesse ser um sucesso semelhante ao Planeta dos Macacos (1968), orçando a execução em US$15 milhões. O Estúdio, no entanto, não queria arriscar mais do que US$10 milhões. Lucas então reprogramou todo o seu orçamento e apresentou uma nova proposta de US$9,9 milhões. Juntamente, propôs uma minuta de contrato, dizendo que o merchandising, participação na bilheteria, a marca e o direito às continuações, ficariam para ele em troca do cachê de diretor, escritor e roteirista. A Fox deu sinal verde, e a produção teve início.

A infraestrutura de um sucesso

Joe Johnston inspirou-se num hamburger mordido e uma
azeitona recheada ao lado para fazer a Millennium Falcon
Durante o período de um ano, George Lucas escreveu e reescreveu seu roteiro, seus personagens evoluíram e amadureceram. Artistas foram chamados para apresentar desenhos de produção de cenários e personagens. Ralph McQuarrie e Joe Johnston foram escolhidos para dar vida a este novo universo, com suas visões arrojadas e não convencionais.

Vista Cruiser, um dos primeiros controladores de movimento de câmera
Outros também foram chamados, em sua maioria estudantes, que ofereceram uma saída mais viável para a movimentação de câmera. Em contrapartida ao padrão normal, onde a maquete era movida em frente da câmera, neste, computadores seriam utilizados para controlar a movimentação de câmera durante as tomadas de ação. Algo que no fim seria revolucionário para o processo. Mas isto viria a ter um preço para Lucas. Os constantes defeitos que o novo sistema sofria, iriam provocar a interferência do Estúdio que insistiria para que fosse adotado o sistema convencional.

George Lucas fincou pé em todas as suas exigências e levou o trabalho adiante. Estas e outras questões quase levaram o filme a ser cancelado em vários momentos. De um lado os executivos da Fox tinham seus interesses, seus amigos e suas liberações de verba. Do outro estava Alan Ladd Jr. que, isolado, apoiava um jovem diretor que queria fazer um filme autoral dentro de um estúdio pertencente à "indústria do cinema". Este, também, viria a pagar por sua insolência.

Compartilhando a inspiração

Dogfights inspirados em cenas do filme Labaredas do Inferno (1966)
Por fim, equipe montada, Lucas reuniu todos e mostrou tudo aquilo que o tinha inspirado para Star Wars. Queria que os responsáveis pelos trabalhos futuros vissem aquilo que ele tinha em mente. Foram inúmeras mostras, desde Akira Kurosawa com seus Sete Samurais (1954), A Fortaleza Oculta (1958) e Yojimbo (1961), Beowulf, as lendas do Rei Arthur, a série Flash Gordon (1930), “O Herói de Mil Faces” de Joseph Campbell, Labaredas do Inferno (1966), Duna de Frank Herbert, O Mágico de Oz (1939), 2001: Uma Odisséia no Espaço (1969) e Metropolis (1927), entre muitas outras referências.

Com teimosia e tudo, George Lucas teve que, ainda assim, fazer inúmeras concessões aos executivos da Fox. A mais famosa foi a retirada do “Capítulo 4” da abertura, inspirada nos letreiros de Flash Gordon e Buck Rogers. Esta, posteriomente foi recolocada. Méritos do sucesso. Ao verem os resultados na bilheteria a Fox imediatamente fechou contrato de distribuição das sequencias, permitindo qualquer alteração no filme já realizado.

Clique para ampliar
Continua na parte III, quando mostramos alguns dos muitos problemas de produção e mudanças do roteiro com mais detalhes.