sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Farscape

SÉRIE NOSTALGIA


por Fargon Jinn

Foi num equinócio de outono, março de 1999, que estreou uma série muito inusitada em diversos sentidos. Uma produção australiana-estadunidense, feita para o Nine Network e Sci-Fi Channel, dentro do gênero da ficção científica, criada por Rockne S. O’Bannon (SeaQuest DSV, Alien Nation, Amazing Stories) e produzida por Jim Henson (The Muppets).

Farscape One - nave de John Crichton
A história contava as desventuras de um astronauta-cientista da NASA que, ao testar uma invenção, durante um vôo espacial, é sugado por um buraco de verme e surge numa região desconhecida do espaço, em meio a uma batalha.

O infeliz astronauta John Crichton (Ben Browder) logo entra em contato com seres humanóides que lhe injetam  um vírus tradutor (prefiro o peixe babilônia de Douglas Adams) e começa a perceber que ele foi parar numa região tão distante, que nem aqueles seres com uma ciência tão avançada têm a menor idéia de onde possa ser o nosso planeta.

Leviathan Moya
Todos ali são fugitivos penais, todos mesmo, inclusive a nave. É uma nave viva.

Esta sociedade interplanetária é policiada por uma civilização de humanóides, extremamente semelhantes a nós, chamados sebacean, e sua função é conhecida como Peacekeepers (pacificadores) que é a principal atividade desta espécie.

Comandante Crais
Nosso amigo Crichton consegue, logo de cara, envolver-se na morte do irmão de um comandante Peacekeeper. Obviamente, esse comandante tinha que ser alguém com profundos problemas psicóticos, e este resolve que será a missão de sua vida, perseguir e destruir o nosso protagonista.

Na nave Moya, um ser biomecânico da espécie dos leviatãs, estão três ‘criminosos’ que estariam presos, não por crimes, mas por perseguições políticas. São eles: Ka D’Argo (Anthony Simcoe) é um guerreiro da espécie luxan, para quem tudo se resume a vida ou morte; a azulada Pa’u Zotoh Zhaan (Virginia Hey) da espécie delvian, é uma sacerdotiza do nono grau, e tudo é zen para esta mestra cheia de sabedoria espiritual e truques parapsicológicos; Dominar Rygel XVI é um duendezinho acinzentado da espécie hynerian, ele que uma vez foi o imperador de seiscentos bilhões de almas agora vive no exílio; cuidando das funções de Moya está o Piloto, um ser que vive uma relação simbiótica com a nave, eles não podem se separar ou morrem.

Piloto e John Crichton
Tanto Rygel como o Piloto são bonecos animados ao estilo Muppets. Um doce para quem adivinhar o responsável por suas criações. ;)

A eles se une Aeryn Sun, uma sebacean, ex-peacekeeper, que por argumentar sobre a possível inocência de John na morte do irmão do Comandante Crais, se torna culpada por possível contaminação cultural ao entrar em contato com um alienígena não aprovado.

John e Aeryn
Este é o grupo do elenco que abre a primeira temporada. Outros serão agregados nesta e nas temporadas subsequentes. Ao todo o projeto foi desenvolvido para cinco temporadas. Mas foi cancelado, na quarta, no meio de um gancho para a continuidade da última temporada.

A solução para com a audiência foi criar uma minissérie, The Peacekeeper Wars, que tentou concluir o último arco. Bem ou mal, mas concluído.

Obviamente Family Guy não deixaria passar em branco
Até aí, os amigos exploradores podem, com razão, perguntar – E alguém já viu coleção maior de clichês? – tenho que concordar veementemente. É um monturo de clichês ‘sem-vergonhas’.

...Mas sabem o que...? ...É muito divertido.

A série tem uma produção magistral, os roteiros são inocentes e agradáveis como as histórias de Jornada Clássica, repletos de bom humor, uma variedade satisfatória e ação de boa qualidade. Os efeitos visuais são muito bem gerados, e o resultado é perfeito. A sonoplastia é extremamente bem conduzida, a fotografia, a edição e câmeras não te deixam cansado ou entediado. Na verdade o difícil é parar de assistir.

Quem quiser experimentar não vai se arrepender. O piloto já lhe fisga nos primeiros dez minutos, e a cada episódio ansiamos pelo seguinte. Assistam e mandem suas impressões.

2 comentários:

  1. É uma série muito legal, pena não ser tão conhecida, e é interessante ver como a série começa bem leve e depois vai pegando tons mais sérios. Tenho que assistir de novo...

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    1. Valeu Andrei! É isso mesmo, a série se transforma aos poucos, e isso acontece durante toda a série. Acho que é por isso que não cansa.
      Grande abraço,
      Fargon Jinn

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