A Disney está preparando mais uma novidade. Desta vez foi buscar longe, em Marte, a um século atrás. Mas não tenho grande fé, a produtora é conhecida por não fazer bons filmes.
Sucesso da Disney ou de Johnny Depp? |
Desde que me entendo por gente os filmes Disney foram, com poucas exceções, uma sucessão de catástrofes. 20.000 Léguas Submarinas, Mary Poppins, Tron, Se Meu Fusca Falasse e Piratas do Caribe são as exceções que consigo me lembrar.
Catástrofe da Disney |
Mas aí a lista fica bem grande, se falamos dos fracassos: Meu Amigo o Dragão, Se Minha Cama Falasse, A Montanha Mágica (original e remake), O Buraco Negro, Tron: O Legado, 101 e 102 Dálmatas, para falar dos mais famosos e mais caros. Existem muitos outros, que foram feitos para cinema, TV, ou vídeo. Simplesmente a Disney se mantém por uma legião de fãs que eles espertamente coopitaram ainda na infância e que estarão sempre torcendo pelo sucesso da empresa. Eu sei bem…, sou um deles. Tenho coleção de seus DVD’s e produtos, já estive num dos parques temáticos, e se pudesse encheria a minha casa de tranqueiras Disney, e viajaria para Orlando todos os anos. Fazer o que, né? Sou uma vítima.
A mais nova superprodução deste gigante da indústria cinematográfica é John Carter of Mars, uma obra de Edgar Rice Burroughs, o mesmo de Tarzan, e que, recentemente, foi rebatizado para o lançamento, como John Carter, apenas. Porque? Não me perguntem! Não imagino como alguém poderia desperdiçar um nome tão perfeito, por um que diz nada sobre o filme.
Poster original |
Burroughs criou o personagem em 1911, que aparece num livro chamado A Princess of Mars. Em 1912, John Carter reaparece numa série de contos que foram publicados sob o título de Under the Moons of Mars. Foi somente após o sucesso dos livros de Tarzan que o escritor teve confiança em lançar os contos de Carter, no formato de romance.
John Carter é um imortal. Não possui memória da infância e nem sabe desde quando está vivo, mantendo uma aparência de eternos trinta anos. Foi vivendo no estado norte-americano da Virgínia que, durante uma disputa com indígenas, ele deixa seu corpo, inerte, no interior de uma mina, e acaba transportado astralmente para Marte. Lá ele adquire um outro corpo idêntico ao deixado na Terra. Por estar acostumado a uma gravidade maior é mais forte do que os nativos do planeta.
Marte, chamado de Barsoom pelos seus habitantes, reúne seres de variadas espécies, entre eles existem espécies humanóides. Carter descobre ali a sua verdadeira vocação na vida: um guerreiro libertador dos humanóides oprimidos pelas bestas. E descobre, também, o verdadeiro amor, ao conquistar o coração da princesa Dejah Thoris de Helium.
Diretor e roteirista Andrew Stanton |
Com um investimento estimado em um quarto de bilhão de dólares, a Disney tem grandes expectativas, trazendo um grande elenco, IMAX e RealD 3D. A direção é de Andrew Stanton (Procurando Nemo, 2003 e WALL-E, 2008), que está estreando em live action; o roteiro é de Andrew Stanton, Mark Andrews (Star Wars: Clone Wars, 2003) e Michael Chabon (Spider-Man 2, 2004), um dos mais premiados autores contemporâneo. No elenco contamos com Taylor Kitsch (X-Men Origins: Wolverine, 2009), Williem Dafoe (Spider-Man, 2002) e Lynn Collins (A Casa do Lago, 2006).
Os traillers já estão pela internet, e a estreia deverá ser em março de 2012. Eu não sei em relação a vocês, exploradores, mas eu, como vítima oficial da lavagem cerebral Disney, sou obrigado a assistir, no cinema, obviamente, de preferência em sala 3D. Se tivesse IMAX no Ceará... ai ai...
Se não estou preocupado?
Claro que estou, afinal a Disney para mim é que nem a Apple para os fãs da Maçã, e que, por sinal, é outro rol do qual faço parte. Ai, ai, acho que eu não tenho jeito. Mas é assim que é! Nós, usuários de apples, defendemos os problemas da empresa, os bugs nos programas, as falhas de equipamentos, sempre com uma desculpa na ponta da língua. E para os filmes Disney não é diferente. John Carter pode vir a ser uma porcaria, mas nossa legião de fãs estará lá, na estreia ou logo depois, e compraremos os DVD’s ou Blurays, os bonequinhos, e chamaremos a tudo 'momentos antológicos do cinema', e de eventos revolucionários para a moderna cinematografia.
Vamos esperar e ver o resultado. Março é logo aí.
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