segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

John Carter of Mars

por Fargon Jinn

A Disney está preparando mais uma novidade. Desta vez foi buscar longe, em Marte, a um século atrás. Mas não tenho grande fé, a produtora é conhecida por não fazer bons filmes.

Sucesso da Disney ou de Johnny Depp?
Desde que me entendo por gente os filmes Disney foram, com poucas exceções, uma sucessão de catástrofes. 20.000 Léguas Submarinas, Mary Poppins, Tron, Se Meu Fusca Falasse e Piratas do Caribe são as exceções que consigo me lembrar.

Catástrofe da Disney
Mas aí a lista fica bem grande, se falamos dos fracassos: Meu Amigo o Dragão, Se Minha Cama Falasse, A Montanha Mágica (original e remake), O Buraco Negro, Tron: O Legado, 101 e 102 Dálmatas, para falar dos mais famosos e mais caros. Existem muitos outros, que foram feitos para cinema, TV, ou vídeo. Simplesmente a Disney se mantém por uma legião de fãs que eles espertamente coopitaram ainda na infância e que estarão sempre torcendo pelo sucesso da empresa. Eu sei bem…, sou um deles. Tenho coleção de seus DVD’s e produtos, já estive num dos parques temáticos, e se pudesse encheria a minha casa de tranqueiras Disney, e viajaria para Orlando todos os anos. Fazer o que, né? Sou uma vítima.

A mais nova superprodução deste gigante da indústria cinematográfica é John Carter of Mars, uma obra de Edgar Rice Burroughs, o mesmo de Tarzan, e que, recentemente, foi rebatizado para o lançamento, como John Carter, apenas. Porque? Não me perguntem! Não imagino como alguém poderia desperdiçar um nome tão perfeito, por um que diz nada sobre o filme.

Poster original
Burroughs criou o personagem em 1911, que aparece num livro chamado A Princess of Mars. Em 1912, John Carter reaparece numa série de contos que foram publicados sob o título de Under the Moons of Mars. Foi somente após o sucesso dos livros de Tarzan que o escritor teve confiança em lançar os contos de Carter, no formato de romance.

John Carter é um imortal. Não possui memória da infância e nem sabe desde quando está vivo, mantendo uma aparência de eternos trinta anos. Foi vivendo no estado norte-americano da Virgínia que, durante uma disputa com indígenas, ele deixa seu corpo, inerte, no interior de uma mina, e acaba transportado astralmente para Marte. Lá ele adquire um outro corpo idêntico ao deixado na Terra. Por estar acostumado a uma gravidade maior é mais forte do que os nativos do planeta.

Marte, chamado de Barsoom pelos seus habitantes, reúne seres de variadas espécies, entre eles existem espécies humanóides. Carter descobre ali a sua verdadeira vocação na vida: um guerreiro libertador dos humanóides oprimidos pelas bestas. E descobre, também, o verdadeiro amor, ao conquistar o coração da princesa Dejah Thoris de Helium.

Diretor e roteirista Andrew Stanton
Com um investimento estimado em um quarto de bilhão de dólares, a Disney tem grandes expectativas, trazendo um grande elenco, IMAX e RealD 3D. A direção é de Andrew Stanton (Procurando Nemo, 2003 e WALL-E, 2008), que está estreando em live action; o roteiro é de Andrew Stanton, Mark Andrews (Star Wars: Clone Wars, 2003) e Michael Chabon (Spider-Man 2, 2004), um dos mais premiados autores contemporâneo. No elenco contamos com Taylor Kitsch (X-Men Origins: Wolverine, 2009), Williem Dafoe (Spider-Man, 2002) e Lynn Collins (A Casa do Lago, 2006).

Os traillers já estão pela internet, e a estreia deverá ser em março de 2012. Eu não sei em relação a vocês, exploradores, mas eu, como vítima oficial da lavagem cerebral Disney, sou obrigado a assistir, no cinema, obviamente, de preferência em sala 3D. Se tivesse IMAX no Ceará... ai ai...

Se não estou preocupado?


Claro que estou, afinal a Disney para mim é que nem a Apple para os fãs da Maçã, e que, por sinal, é outro rol do qual faço parte. Ai, ai, acho que eu não tenho jeito. Mas é assim que é! Nós, usuários de apples, defendemos os problemas da empresa, os bugs nos programas, as falhas de equipamentos, sempre com uma desculpa na ponta da língua. E para os filmes Disney não é diferente. John Carter pode vir a ser uma porcaria, mas nossa legião de fãs estará lá, na estreia ou logo depois, e compraremos os DVD’s ou Blurays, os bonequinhos, e chamaremos a tudo 'momentos antológicos do cinema', e de eventos revolucionários para a moderna cinematografia.

Vamos esperar e ver o resultado. Março é logo aí.


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