CRÍTICA DE CINEMA:
Mission: Impossible - Ghost Protocol
É engraçado que a cada filme a cinessérie Missão Impossível se reinventa. O primeiro, dirigido por Brian De Palma, em 1996, é o mais cerebral e mais próximo da série de TV dos anos 60. Já no divertidamente exagerado, segundo filme, de 2000, e dirigido por John Woo, primeiro foram escritas as cenas de ação, para só depois adaptar o roteiro a elas. O terceiro (2006), que marcou a estreia de J.J. Abrams como diretor de cinema, é um filme pipoca clássico, com ótimas cenas de ação e um roteiro mais bem amarrado que a aventura anterior.
Tom Cruise é Ethan Hunt na Franquia M:I |
Apesar de MI 3 ter sido considerado o melhor da série até então, seu resultado nas bilheterias foi abaixo do esperado e marcou o fim de uma parceria de anos entre os estúdios Paramount e Tom Cruise. De lá prá cá nenhum dos filmes estrelados pelo ator chamou realmente a atenção, com a exceção, é claro, de sua participação na comédia Trovão Tropical (2008). O novo Missão Impossível só saiu graças a atual boa fase de J.J. Abrams em Hollywood que, como produtor de MI 4, conseguiu que Cruise e a Paramount voltassem a trabalhar juntos. Aliás, Abrams e Cruise se dão tão bem que o ator quase foi escalado para viver o papel do Capitão Pike em Star Trek, coisa que só não aconteceu porque na época da produção do longa a relação do estúdio e Cruise estava muito abalada. Abrams, então, ainda não tinha a reputação que tem hoje.
Brad Bird, 55 anos, 2 Oscars |
O filme é dirigido por Brad Bird (O Gigante de Ferro, 1999 - Os Incríveis, 2004 - e Ratatouille, 2007). Em seu primeiro trabalho live action, Bird dosou excelentes sequências de ação com momentos de humor e tensão. O interessante é que, se os recentes filmes de James Bond se inspiraram nos de Jason Bourne, este Missão Impossível nos lembra os do agente britânico, com seu svilões com planos de uma nova ordem mundial e locações exóticas.
Tom Cruise faz, sempre que possível, suas cenas de ação, para desespero das agências de seguro, e Bird soube como ninguém tirar proveito disso. Cruise realmente se pendurou na torre Burj Dubai de mais 800 metros de altura e o resultado é de tirar o fôlego, e olha que esta nem é a melhor sequência de ação do filme...
Impressionante cena de ação na torre Burj Dubai |
O roteiro só perde força quando tenta desenvolver uma subtrama que faz a ligação com MI 3. Simplesmente não convence, quebra o ritmo e ao final não acrescenta muita coisa. O filme conta com o retorno de Simon Pegg, mais controlado, no papel do agente Benji (um bom sinal para o futuro Star Trek), Jeremy Renner (Guerra ao Terror, 2008 e Os Vingadores, a ser lançado este ano), Paula Patton (Déjà Vu, 2006) e Ving Rhames (MI, M:I-2 e M:I:III).
Para os exploradores que estiverem em Curitiba, São Paulo ou Rio de Janeiro, MI 4 foi rodado para exibição em cinemas IMAX, portanto aproveitem! Uma curiosidade: no filme, Ethan Hunt e seus companheiros utilizam tablets e smartphones reais. Finalmente a tecnologia alcançou a ficção.
Revelação: a fonte de inspiração de Tom Cruise |
MI 4 está tendo uma boa bilheteria nos EUA e ao redor do mundo conseguindo arrecadar até o momento mais de 387 milhões de dólares. A Paramount, que não é boba, já planeja uma continuação. Parece que, após um longo tempo, Tom Cruise fez as pazes com as bilheterias e o sucesso.
Até a próxima!
Missão: Impossível - Protocolo Fantasma (Mission: Impossible - Ghost Protocol): 2011, EUA
Direção: Brad Bird
Roteiro: Josh Appelbaum, André Nemec e Bruce Geller
Elenco: Tom Cruise, Jeremy Renner e Simon Pegg
Direção: Brad Bird
Roteiro: Josh Appelbaum, André Nemec e Bruce Geller
Elenco: Tom Cruise, Jeremy Renner e Simon Pegg
Nossa Avaliação:
Delta-Shield Ouro |
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