quarta-feira, 7 de setembro de 2011

007 – longa vida ao Agente (no cinema parte II)


Esta é a última parte da quadrilogia de artigos
 escritos por Fargon Jinn e Fabok

A partir de ’87, uma nova mudança de estilo entrou em cena. Nos EUA Ronald Regan estava no poder, a glasnost vinha sendo implantada por Gorbachev na URSS. Margaret Thatcher vinha perdendo apoio na Inglaterra. 007 tinha que mudar de ares, o mundo agora estava um pouco menor, e as tensões internacionais vinham relaxando, a tecnologia explodia através da internet, os criminosos agora deveriam ser diferentes também.
Timothy Dalton como 007
Moore sempre adorou o personagem mas abandonou a série por achar estar velho demais para interpretar o espião. O próximo ator escolhido foi Pierce Brosnan. Na época ele havia conquistado destaque na TV com o personagem principal da série Remington Steele. Quando as gravações do filme estavam próximas, os produtores do seriado utilizaram uma cláusula obscura do contrato de Brosnan e não o liberaram para as filmagens. Ele acabou sendo substituído por Timothy Dalton.
Em The Living Daylights, vemos um Bond mais sério e menos mulherengo, afinal eram os tempos da AIDS. O filme teve uma boa recepção, mas os fãs exigiram que Bond voltasse as suas raízes. Uma curiosidade é que este filme será sempre lembrado como aquele em que Bond luta ao lado dos talibans.
Licença Para Matar (1989)
Com o fim da guerra fria, Bond, de uma hora para outra, ficou sem inimigos. Em License to Kill, o espião enfrenta traficantes de drogas. Apesar de boas sequências de ação e um ótimo vilão, interpretado por Robert Davi, o filme não agradou, em parte por ter sido considerado muito violento. A verdade é que muitos consideraram que não havia mais espaço para 007 nos cinemas.
Após um hiato de seis anos, Bond volta finalmente com Pierce Brosnan em GoldenEye. A Guerra Fria acabara, mas quem disse que os russos ainda não seriam grandes vilões? O filme foi um sucesso, e Brosnan ainda encarnaria o espião britânico mais três vezes, dando ao agente um estilo meio Connery meio Moore.
O Amanhã Nunca Morre (1997)
Em 2002 os produtores começaram a pensar num reboot para a série. Apesar do sucesso de Die Another Day, os fãs começaram a se inquietar com as tramas cada vez mais inverossímeis dos filmes da era Brosnan. A infame cena do espião surfando uma onda causada pelo colapso de uma geleira acendeu o alerta amarelo dos fãs e do estúdio.
Os produtores então, numa manobra ousada, resolvem voltar as origens e anunciam que Cassino Royale, o primeiro livro de Flemming,  teria uma novo intérprete no papel de Bond, Daniel Craig. Os fã ficaram enfurecidos com a saída de Brosnan e a escolha de um ator que em nada lembrava a elegância e o carisma do espião.
Cassino Royale (2006)
Quando o filme estreou em 2006, entretanto, a maioria aprovou Craig. Um Bond que sem dúvida nenhuma fora influenciado por um certo agente americano chamado Jason Bourne. Aqui o espião não conta com a ajuda de Q e seus ultra-modernos gadgets ou, da presença da secretária Moneypenny com seu diálogos carregados de duplo sentido, marcas registradas da série.
Cassino Royale obteve a maior bilheteria da série e garantiu a produção de Quantum of Solace em 2008. Este começa imediatamente após os eventos do anterior, algo inédito, com Bond partindo para uma vingança contra uma obscura organização que matou Vesper Lynd por quem se apaixonara em Cassino Royale.
Desta vez os fãs não se empolgaram com o filme que mais uma vez copiava o estilo de A Identidade Bourne, a ponto de descaracterizar o agente britânico. Ainda sim o filme obteve uma bilheteria razoável, garantindo mais um filme com Craig.
 Infelizmente em seguida, Bond teve que enfrentar seu maior inimigo fora das telas, a falência da MGM, detentora dos direitos da série e que, por pouco não acabou de vez com a franquia. Com a renegociação da dívida do estúdio um novo filme está em produção desta vez com o diretor Sam Mendes, de Beleza Americana. Este filme é aguardado com ansiedade por todos os fãs do espião, já que marcará os cinquenta anos da estréia do primeiro filme, Dr. No, nos cinemas. Quase não há informações sobre esta nova produção, mas ao menos já se sabe que a secretária Moneypenny estará de volta. 
Será que Bond voltará as origens...?
De novo?

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