Esta
é a última parte da quadrilogia de artigos
escritos por Fargon Jinn e Fabok
A partir de ’87, uma nova mudança de estilo entrou
em cena. Nos EUA Ronald Regan estava no poder, a glasnost vinha sendo
implantada por Gorbachev na URSS. Margaret Thatcher vinha perdendo apoio na
Inglaterra. 007 tinha que mudar de ares, o mundo agora estava um pouco
menor, e as tensões internacionais vinham relaxando, a tecnologia explodia
através da internet, os criminosos agora deveriam ser diferentes também.
Timothy Dalton como 007 |
Moore sempre adorou o personagem mas abandonou a série
por achar estar velho demais para interpretar o espião. O próximo ator
escolhido foi Pierce Brosnan. Na época ele havia conquistado destaque na TV com
o personagem principal da série Remington
Steele. Quando as gravações do filme estavam próximas, os
produtores do seriado utilizaram uma cláusula obscura do contrato de Brosnan e
não o liberaram para as filmagens. Ele acabou sendo substituído por Timothy
Dalton.
Em The Living Daylights, vemos um Bond
mais sério e menos mulherengo, afinal eram os tempos da AIDS. O filme teve uma
boa recepção, mas os fãs exigiram que Bond voltasse as suas raízes. Uma
curiosidade é que este filme será sempre lembrado como aquele em que Bond luta
ao lado dos talibans.
Licença Para Matar (1989) |
Após um
hiato de seis anos, Bond volta finalmente com Pierce Brosnan em GoldenEye. A Guerra Fria acabara, mas
quem disse que os russos ainda não seriam grandes vilões? O filme foi um
sucesso, e Brosnan ainda encarnaria o espião britânico mais três vezes, dando
ao agente um estilo meio Connery meio Moore.
O Amanhã Nunca Morre (1997) |
Os
produtores então, numa manobra ousada, resolvem voltar as origens e anunciam
que Cassino Royale, o primeiro livro
de Flemming, teria uma novo intérprete
no papel de Bond, Daniel Craig. Os fã ficaram enfurecidos com a saída de
Brosnan e a escolha de um ator que em nada lembrava a elegância e o carisma do
espião.
Cassino Royale (2006) |
Cassino Royale obteve a maior bilheteria da
série e garantiu a produção de Quantum of
Solace em 2008. Este começa imediatamente após os eventos do anterior, algo
inédito, com Bond partindo para uma vingança contra uma obscura organização que
matou Vesper Lynd por quem se apaixonara em Cassino
Royale.
Desta vez
os fãs não se empolgaram com o filme que mais uma vez copiava o estilo de A Identidade Bourne, a ponto de
descaracterizar o agente britânico. Ainda sim o filme obteve uma bilheteria
razoável, garantindo mais um filme com Craig.
Infelizmente em seguida, Bond teve que
enfrentar seu maior inimigo fora das telas, a falência da MGM, detentora dos
direitos da série e que, por pouco não acabou de vez com a franquia. Com a
renegociação da dívida do estúdio um novo filme está em produção desta vez com
o diretor Sam Mendes, de Beleza Americana.
Este filme é aguardado com ansiedade por todos os fãs do espião, já que marcará
os cinquenta anos da estréia do primeiro filme, Dr. No, nos cinemas. Quase não há informações sobre esta nova
produção, mas ao menos já se sabe que a secretária Moneypenny estará de volta.
Será que Bond voltará as origens...?
De novo?
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