por
Kalibak
Era o ano de 1968. A corrida espacial entre capitalistas e comunistas estava próxima de seu ápice com ambas as partes brigando pelo título de primeira ideologia a pôr o homem na Lua. Paralelamente uma outra corrida, a armamentista nuclear, causava pavor enquanto os peões dessa ideologia se degladiavam no teatro oriental. Essa mesma tecnologia que fascinava e aterrorizava trazia a promessa de soluções domésticas através da televisão em desenhos animados, como Os Jetsons, e um futuro além do nosso Sistema Solar, em Jornada nas Estrelas.
Poster do novo filme |
E o que o cinema de ficção científica resolveu nos trazer? Macacos! Isso mesmo senhoras e senhores. Macacos!
Na genealidade de Kubrick, em 2001 – Uma Odisséia no Espaço, com sua abertura estonteante e, no talento de Charlton Heston, em Planeta dos Macacos. Este último com roteiro assinado por Rod Serling, o criador de Além da Imaginação. Felizes daqueles que assistiram a essa obra prima livres de spoilers por parte de amigos e da mídia. Não fascinar-se com o desfecho é quase impossível.
O fascínio do público rendeu, na época, o mesmo que rende nos dias atuais quando um filme faz sucesso: a ganância.
–
Galera... e daí se a história se fechou
nesse 'filminho' aí?! Temos que produzir outro filme, JÁ!! – deve ter dito,
algum diretor da 20th Century FOX.
· De Volta ao Planeta dos Macacos (1970)
· A Fuga do Planeta dos Macacos (1971)
· A Conquista do Planeta dos Macacos
(1972)
· Batalha pelo Planeta dos Macacos
(1973)
Alguns até que são bons; outros,
sofríveis.
Macaco Sócrates |
Não demorou muito para que o bordão – yes,
nós temos bananas – se tornasse irresistível para os 'símios'. Foi quando
aportaram por aqui, no programa humorístico Planeta
dos Homens (1976), protagonizado pelo Macaco Sócrates, interpretado por Stênio
Garcia. E, no mesmo ano, chega aos cinemas O
Trapalhão no Planalto dos Macacos. Quem sabia fazer uma maquiagem de macaco
não passou fome na primeira metade dos anos 70.
O ano de 2001 veio para mostrar que
não bastava saber maquiar. Mas que é bom ter um roteiro coerente antes de
filmar. Re-filmar para ser preciso. Tim Burton tentou. Não acertou a mão.
Resultado? Este vosso autor 'morreu' em algumas unidades de 'courinho de rato'
(do 'cearês': dinheiro) ao pagar pelo ingresso de um filme que deixou muito à
desejar.
Com muito receio me dispus a gastar
meu tempo com o novo A Origem do Planeta
dos Macacos (2011). Que bela surpresa! História redonda, computação gráfica
convincente e boas atuações. Você sentiu um frio na espinha com o Gollum de
O Senhor dos Anéis? Pois o macaco Caesar é interpretado pelo mesmo ator: Andy
Serkis. Só tenho certeza de uma coisa: eu é que não ficaria sozinho, um minuto,
na mesma sala com aquele macaco.
O fascínio também está de volta, mas
desta vez nas sutilizas. A exemplo, temos as referências ao original de 1968 ou
a forma como o nascimento da inteligência e o desenvolvimento de uma sociedade
são abordados.
Bom, contanto que daqui à
alguns anos eu não tenha que aguentar o Stênio Garcia fantasiado de macaco
novamente, que venha essa a Macacomania 2.0.
Eu achei o filme muito ruim, lento demais. Ainda fico com o original.
ResponderExcluirOlha, esse filme é interessante pq respeita a mitologia original, mas tem muitas falhas de roteiro, de CGI, e de montagem. Mas dá prá passar um tempinho agradável no cinema. Delta-shield prata.
ResponderExcluir