quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Os jogos de Star Wars - parte I


SÉRIE GAMES


por Fabok

Nos anos 90 a Lucas Arts começou a lançar títulos baseados em Star Wars. O sonho de todo fã se tornou realidade. Agora ele poderia ser um Jedi, um Sith, um mercenário, ou pilotar as famosas naves da série utilizando apenas um computador ou um videogame. São tantos os títulos, este artigo viraria um livro facilmente, se eu fosse falar de todos eles. Além disso, muitos games são realmente ruins e nada acrescentam à franquia. Pérolas como Yoda Stories, Force Commander ou The Phantom Manace deveriam ser banidos e todas as cópias jogadas no "Sarlac Pit", para o bem dos dois lados da Força...


Deixando de delongas... Vamos a eles? Neste artigo trataremos, então, de duas das grandes séries detentoras de jogos de excelente qualidade.


A Série X-Wing


X-Wing Fighter
Situada imediatamente antes e depois do Episódio IV, o jogador se torna um piloto da Aliança Rebelde e enfrenta diferentes tipos de naves do Império. Os gráficos eram incríveis (lembrem-se, estamos em 1993) e o jogador tinha o desafio extra de gerenciar a potência, os escudos e os armamentos dos caças. A série teve várias expansões, sendo que uma delas, Tie-Fighter, colocava o gamer lutando ao lado do Império.

Tie Fighter
A série contou ainda com as sequências X-Wing vs Tie-fighter (1997) e X-Wing Alliance (1999), este último com gráficos mais elaborados e um bônus: na última missão você assumia o comando da Millenium Falcon na pele de Lando Calrissian para destruir a segunda Estrela da Morte. Até hoje, existem fãs adaptando este jogo para as máquina mais modernas. Dê uma conferida no site www.xwaupgrade.com.


A Série Jedi Knight Dark Forces

Kyle Katarn
Em 1995 é lançado Dark Forces, que nada mais foi do que o jogo Doom adaptado para o universo de Star Wars. Aqui você é Kyle Katarn, que a princípio servia o Império por acreditar que os rebeldes fossem responsáveis pela morte de seu pai. Quando descobre a verdade torna-se um mercenário trabalhando para a Aliança Rebelde. O game rodava no sistema operacional DOS e, para os padrões de hoje, possuía gráficos, no mínimo, primitivos, mas que, naquele tempo, eram impressionantes. O jogador podia visitar vários lugares da saga e ainda detonar stormtroopers. Dark Forces foi um estrondoso sucesso e Kyle Katarn se tornou um personagem muito popular e obviamente ganhou seu próprio action figure.

Action Figure de Dark Jerec
Jedi Knight: Dark Forces II foi lançado dois anos depois, com um enredo que se passa um ano após O Retorno de Jedi. Com gráficos infinitamente superiores, usando o Direct 3D do Windows trazia uma experiência totalmente nova. Somando-se a isso, entre as missões, haviam cutscenes rodadas com atores reais que davam uma experiência cinematográfica inédita aos gamers. O jogo mergulha ainda mais no personagem de Kyle, quando ele descobre que seu pai foi morto por um Dark Jedi chamado Jerec, que tem planos de reconstruir o Império. Enquanto se lança a uma caçada para impedir que Jerec se aposse do poderoso Vale dos Jedi, ele descobre que é sensível à Força, dando chance ao jogador de experimentar a utilização destes poderes. O jogo tem uma narrativa não-linear e, dependendo de suas ações, você pode se tornar um Jedi ou ser levado para o Lado Negro.

Action Figure de Kyle Katarn
A expansão Mysteries of the Sith foi lançada em seguida. Na narrativa, cinco anos se passaram, Kyle agora é um Mestre Jedi treinando sua nova aprendiz, Mara Jade (Lembram dela? Se não, dêem uma checada no artigo anterior). Na verdade, o jogo é focado em Jade que parte à procura de Kyle quando este desaparece em missão. Apesar de não ter cutscenes com atores reais e ter uma estória bem linear, Mysteries é muito querido entre os fãs, justamente pela participação de Jade.

Em 2002, Jedi Outcast é lançado. Kyle, após ter abandonado os preceitos da Força, durante uma missão de rotina, vê sua companheira, Jan Ors, ser assassinada por agentes do Império. Desesperado, Kyle volta ao Vale dos Jedi para recuperar seus poderes, partindo em seguida parte para a Academia Jedi. Lá encontra Luke que o aconselha sobre os perigos do caminho que está traçando para si. O ponto forte do jogo é o encontro com personagens clássicos como Luke, Mom Mothma, agora Chefe de Estado da Nova República, e Lando Calrissiam, dublado aqui pelo próprio ator Billy Dee Williams.

Jaden Korr tem o sexo definido pelo gamer
No último jogo da série, pelo menos até agora, Jedi Academy (2003), o jogador vive Jaden Korr, um novo estudante da Academia Jedi em Yavin 4 construída por Luke Skywalker. Jaden e seu colega Rosh Penin tornam-se aprendizes de Kyle Katarn. Como aprendiz, você é despachado em missões para várias regiões e acaba encontrando um culto Sith, chamado de Discípulos de Ragnos, que está roubando a energia da Força por toda a galáxia.

O legal de Jedi Knight é a evolução dos personagens, em especial de Kyle Katarn. O cara vai de simpatizante do Império a Mestre Jedi, justamente nos turbulentos anos da Rebelião e início da Nova República. Para o explorador e gamer que ficou com vontade de jogar, hoje o serviço online Steam, oferece um pacote chamado Jedi Knight Collection, com todos os jogos da série, calibrados para rodar em máquinas modernas e com um preço bem aceitável.


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Amigos exploradores, gostaríamos de ter uma noção da aceitação destes artigos. Alguns comentários ou e-mails nos dariam uma idéia de como estes textos estão sendo úteis ou interessantes. Desta forma podemos direcionar melhor os próximos textos. Aqui colocamos muito do que gostamos, mas seria importante, também, atender às expectativas do maior número possível de exploradores.

No próximo artigo mais jogos da Lucas Arts.

Até a próxima!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

As Aventuras do Caça-Feitiço


LITERATURA


por Fargon Jinn

Joseph Delaney
Joseph Delaney (Joseph Henry Delaney) é um autor britânico que tornou-se conhecido por uma saga juvenil chamada The Wardstone Chronicles, para a qual já foram escritas quinze obras (no Brasil apenas as cinco primeiras foram traduzidas, até o momento).

Tendo iniciado a vida profissional como aprendiz de engenharia, Delaney logo mudou de carreira tornando-se professor de literatura inglesa, especializando-se no estudo de folclores vampirescos.

Sob o pseudônimo de J. K. Haderack lançou o seu primeiro livro, de ficção científica, mas não conquistou o público. Somente com o sucesso da série de histórias do sobrenatural, e já usando seu verdadeiro nome, é que Joseph Delaney aposentou-se da carreira no magistério para dedicar-se aos seus livros.

Delaney conta as aventuras de seu personagem principal, Thomas J. Ward, um adolescente, sétimo filho de um sétimo filho, que é entregue pelos pais aos cuidados de um Caça-Feitiço, como seu aprendiz, numa região da Inglaterra, num período não muito claro, mas que aparenta ser pelo final da era medieval. Ali ocorrem fenômenos ligados ao ocultismo, magia negra, seres fantásticos, fantasmas e a constante disputa da igreja católica contra as crendices mundanas.

Livro I - O Aprendiz
Tom Ward segue em seu aprendizado, lutando contra fenômenos das trevas. Ao mesmo tempo sofre nas mãos de seu mestre, da rejeição popular à profissão que abraçou, das saudades da família, do medo do desconhecido e seus perigos. Neste meio-tempo a personagem se descobre e aos sentimentos relacionados ao amor, por uma jovem bruxa que se torna sua grande companheira de aventuras. Tudo isso dentro de um clima obscuro, depressivo e de poucos amigos.

A cada história, Tom está mais maduro, mais experiente e mais conhecedor do seu novo mundo, enquanto que, aparentemente, mais inseguro e falível. Isso, em muitos casos, frustra o leitor, já que existe sempre uma expectativa de que, com o amadurecimento e o aprendizado, o herói passe a ser cada vez mais herói e menos vítima.

Livro II - A Maldição
As demais personagens, por outro lado, evoluem coerentemente com as nossas expectativas, deixando-nos ainda mais confusos sobre estar o problema na interpretação que damos a cada um, ou se é o autor que não se decidiu qual é a melhor forma de tratar o seu herói.

Os vilões são outro exemplo desta falta de uma definição mais profunda. Algumas vezes vemos um ser aparentemente comum causar terrores e dificuldades extremas, noutras um ser que aparenta ser o próprio Lúcifer fica bloqueado por coisas banais.

Livro III - O Segredo
Embora os livros sejam de fácil leitura, com uma narrativa dinâmica e envolvente, muito fica a desejar por uma falta de profundidade no desenvolvimento e apresentação das personagens e do ambiente histórico, geográfico e sócio-econômico.

A proposta de Delaney é algo oposto a Tolkien, enquanto este último estava no extremo do descritivo em termos de detalhamento do ambiente e da sociedade, gerando uma narrativa mais lenta e algumas vezes até cansativa; Delaney, por sua vez, está no lado oposto criando livros curtos onde o tratamento é dado quase absolutamente para o desenvolvimento da trama sem dar riqueza ao cenário geral.

Livro IV - A Batalha
Para o seu público-alvo (infanto-juvenil ou jovens adultos) isso é um atrativo, mas para um leitor mais exigente este modelo fracassa quase totalmente.

O fato é que, embora no exterior haja um bom mercado para esse tipo de literatura, o grande público deixou esta série passar meio que despercebida. Não figura em nenhuma lista dos mais vendidos e tanto a série como seu autor podem ser classificados dentro do “ilustre desconhecido”.

Livro V - O Erro
Joseph Delaney pode ser considerado um bom contador de histórias, sabe criar bons enredos, que narra com desenvoltura e prende a atenção do leitor, fazendo com que sempre aguardemos ansiosos pela chegada do próximo volume. E isso, já é algo a ser considerado. Sei como é difícil criar uma história que seja atrativa a cada capítulo, mantendo um passo correto para a introdução, desenvolvimento e conclusão, sem ser exíguo ou prolixo.

Enfim, se o explorador está interessado numa leitura agradável, divertida e envolvente, considere esta saga como uma ótima opção, e que nos faz esquecer, por algum tempo, que estamos órfãos de Harry Potter.

Sam Claflin (Tom Ward) e Alicia Vikander (Alice Deane)
Acrescento ainda que os estúdios Warner adquiriram os direitos da série e está produzindo um filme, The Seventh Son, para 2013. Isto pode ser bem o pulo do gato que faltava para a série decolar, ou pode ser outro fracasso como foi A Bússola de Ouro (2007) ou Percy Jackson e a saga dos olimpianos (2010).

É uma leitura que recomendo por ser divertida e envolvente. Mas lembrem-se, assim como o autor alerta na contracapa "CUIDADO: Não deve ser lido à noite!   ;)

As Aventuras do Caça-Feitiço (The Wardstone Chronicles): 2006, Grã-Bretanha
Autor: Joseph Delaney
Tradução: Ana Rezende
Editora: Bertrand Brasil
Lançamento: Random House Children's Book

Nossa avaliação:
Delta-Shield Bronze

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Relatório da Situação na Imprensa (atualização - 24 de fevereiro de 2012)


MÍDIA


por Fargon Jinn

Temos recebido alguma atenção da imprensa, e isto nos deixa muito feliz. Já que ajuda a divulgar o nosso trabalho junto aos fãs, de todos os assuntos que gostamos.

Durante o SANA Fest 2012, tivemos contato com alguns blogs jornalísticos, mas não tivemos um retorno, até o momento, se houve ou não uma divulgação, mas estou começando a explorar estas possibilidades. Então, peço a todo aquele que encontre uma divulgação nossa, faça a gentileza de me informar, por comentários neste artigo ou e-mail, que farei a inclusão neste mesmo post. E irei atualizando sempre que souber de uma nova.

No SANA Fest, fomos fotografados e divulgados, sem que eu tivesse conhecimento (não estou reclamando), e no dia 18 de fevereiro de 2012, a reportagem foi publicada no caderno Zoeira do Diário do Nordeste. O artigo, muito gentil e absolutamente correto em todas as informações, é de Amanda Alboino com fotografia de Humberto Mota.

Já na Campus Party fomos entrevistado pelo jornalista, enviado especial, Thiago Neres. E nossa reportagem foi publicada no dia 9 de fevereiro de 2012, no Diário de Pernambuco. Neste caso também foi uma divulgação muito correta, gentil e bem escrita.

O nosso amigo Igor Queiroz, fez a gentileza de nos informar a respeito da publicação no site Who's Nerd?, sobre um artigo muito bom, feito por Helosa Araújo, muito bem escrito e muito bem fotografado, que saiu no dia 14 de fevereiro de 2012, a gente ficou até bonito...  ;)

Então se houverem outras publicações estarei atualizando sempre que souber neste mesmo artigo. Até...

Literatura Fantástica: A Máquina do Tempo e O Planeta dos Macacos


LITERATURA

por Helder Maia

A Máquina do Tempo


H. G. Wells é considerado, junto a Júlio Verne, um dos pais da Ficção Científica literária. Ele produziu obras importantes que habitam o imaginário popular, muitas delas tendo sido adaptadas para as telas de cinema: O Homem Invisível, A Guerra dos Mundos, A Ilha do Dr. Moreau e A Máquina do Tempo, entre outras.

Em A Máquina do Tempo, publicado em 1895, um cientista desenvolve uma máquina que lhe possibilita viajar tanto para o passado quanto para o futuro. Ele então embarca em uma viagem para a Terra de um futuro longínquo. Lá, ele a encontra habitada por duas espécies: os Eloi, seres belos, frágeis e de intelecto reduzido e os Morlocks, temíveis criaturas esbranquiçadas que vivem no subterrâneo.

Filme "Um Século em 43 Minutos"
de '79 inspirado no livro de Wells
Sendo um socialista, Wells fez de seu livro uma extrapolação alegórica sobre as barreiras sociais entre a burguesia e o proletariado. A Máquina do Tempo é uma novela curta escrita de forma extremamente objetiva, quase não havendo descrições, trazendo aquele tipo de narrativa que lhe dá vontade de ler tudo de uma vez até o fim.

O livro teve duas adaptações para o cinema. Embora nenhuma delas capture a essência da crítica ácida do livro contra uma humanidade desumana, a de 1960 tem seu charme, enquanto a de 2002 é terrivelmente ruim.

Cena do filme de 1960
Não deixe de conferir esta excelente obra que nos faz pensar para que tipo de futuro estamos nos encaminhando.


O Planeta dos Macacos


Este livro francês de 1963, escrito por Pierre Boulle, foi adaptado para o cinema em 1968, gerando a macacomania que produziu sete filmes para o cinema e duas séries de TV (uma em desenho animado e outra em live action).

Ele conta a história do jornalista Ulysse Mérou, que viaja com dois companheiros para a distante estrela de Betelgeuse. Lá, eles se deparam com o planeta Soror, que é incrivelmente muito semelhante à Terra. Para seu espanto ainda maior, eles descobrem humanos no planeta, embora estes não sejam a espécie dominante, mas sim os macacos! Os humanos, por outro lado, são criaturas bestiais, vivendo como selvagens na floresta e são constantemente capturados para estudos científicos. Ulysse acaba sendo aprisionado pelos macacos e tem de lutar para mostrar sua condição de ser inteligente.

Cena do filme de 19698
O livro, no entanto, difere bastante do filme. Nele, os macacos vivem no que seria o correspondente a uma sociedade da Terra de meados dos anos sessenta, onde vestem roupas e dirigem carros. Ao ler as descrições de macacos vestidos como humanos, me vinha sempre à mente a direção de arte e figuro do filme de 1968 com Charlton Heston. A concepção de roupas e arquitetura de edificações mais primitivas para os símios ficou, a meu ver, bem mais interessante do que no livro.

O livro traz uma narrativa a princípio arrastada, mas que depois prende a atenção. Merece ser conferido por qualquer fã da saga dos macacos no cinema.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Star Wars - Universo Estendido (continuação)


UNIVERSO FANTÁSTICO


por Fabok

Então, exploradores, como tinha prometido aqui vai o artigo sobre os livros de Timothy Zahn, que gerou uma trilogia extremamente popular, e que detalhou com qualidade o universo expandido de Star Wars.

São dois personagens principais, e vários outros, também, muito marcantes. E que geraram as melhores estórias, dentro e fora do canon principal, iniciando um fenômeno inédito, com o surgimento de fãs clubes, mundo afora, exclusivamente para estes personagens e suas crônicas.


THRAWN


Passados cinco anos após o Retorno de Jedi, a recém formada Nova Republica enfrenta sua maior ameaça quando o Grande Almirante Thrawn, o último senhor da Guerra do Império, consegue unir as forças remanescentes da Armada Imperial liderando-a numa bem sucedida campanha militar que coloca o futuro da República em cheque. Mas quem é Thrawn? Um humanóide do planeta Chiss, das Regiões Desconhecidas da Galáxia, Mitth'raw'nuruodo foi o único não humano a alcançar o posto mais alto da Armada Imperial, apesar da xenofobia do Império e em especial de Palpatine. Um estrategista e líder militar brilhante, Thrawn tem um estilo de comando totalmente diferente de seus colegas oficiais. Ele não é megalomaníaco ou sádico, sempre promovendo a criatividade em sua tripulação e aberto a aceitar ideias de seus subordinados. Estudioso das artes, é capaz de ter preciosos insights durante um combate, simplesmente pela análise de como uma espécie se expressa através de sua arte. Mais importante: sabe que, às vezes, uma retirada estratégica é a mais eficiente das armas. Para Thrawn o que importa é a derrota final do inimigo para que a ordem seja estabelecida.

Action Figure de Thrawn
O personagem é tão bem desenvolvido que o leitor acaba torcendo por ele e se perguntando qual seria a razão de Thrawn ter se aliado ao Império. Sua popularidade é tamanha, que hoje ele já apareceu em vários outros livros e quadrinhos, marcando presença também em vários jogos eletrônicos da série, e ganhando até mesmo o próprio action figure.

HQ da batalha final de Mara Jade
Vader era aquele que o Imperador procurava sempre que precisava de força bruta, entretanto o que muitos não sabem é que Palpatine treinou secretamente uma aprendiz para missões onde a discrição, e não a força, era necessária. Por isso Mara Jade ganhou o título de A Mão do Imperador. Sensível à Força, mas sem ainda dominá-la inteiramente, foi doutrinada e condicionada a servir Palpatine incondicionalmente. Em seus últimos instantes de vida, quando Vader o ataca (O Retorno de Jedi), o Imperador envia uma ordem telepaticamente a Mara, para que ela mate Luke. Com a morte dele, fica desorientada e acaba por se unir a um grupo de contrabandistas liderado por Talon Karrde. Ainda tentando se adaptar a esta nova vida, acaba por encontrar Luke quando este está fugindo de Thrawn, que iniciou uma caçada por ele e Lea, agora grávida de gêmeos de Han Solo. Instintivamente um sentimento de vingança a domina e ela fica dividida entre sua lealdade a Karrde e seu passado como A Mão do Imperador. Ela logo percebe que Luke não é quem o Imperador a fizera acreditar, mas o poder do lado negro imposto a ela, por Palpatine, será o maior inimigo que ela terá que superar, claro que com a ajuda do solícito Luke... Caro explorador, me desculpe o pequeno spoiler aqui, mas acabei de apresentar a vocês a futura senhora Skywalker, que terá um papel fundamental no renascimento dos Jedi.

Action Figure de Mara Jade
Mara Jade também é muito popular entre os fãs, tendo aparecido, assim como Thrawn, em vários outros livros, quadrinhos e jogos. Ela até mesmo já foi estrela de alguns Fan Films (filmes rodados por fãs) e, justamente, também ganhou seu próprio action figure.

A Trilogia de Thrawn é composta pelos livros: "Heir to the Empire", "Dark Force Rising" e "The Last Command". Há alguns anos ela foi lançada aqui no Brasil, mas com um péssimo trabalho de tradução e hoje se encontra fora de catálogo. Infelizmente, para nós brasileiros, muito pouco foi lançado do universo estendido de Star Wars por aqui. A saída, pelo menos para aqueles que conhecem um pouco de inglês, é adquirir estes livros via Kindle ou importá-los em sites especializados como o da Livraria Cultura. Você acabará por descobrir que o universo de Star Wars é muito maior do que você imagina.

No próximo artigo sobre Star Wars, falarei a respeito de games. Até...

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Notícia de 21 de fevereiro de 2012

EXTRA! EXTRA! PLANTÃO FANTASTIC ZONE COM NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA!!!


por Fabok

Primeiras Impressões
O Carnaval chegou com dois presentes: primeiro o disco demo com 3 episódios de "Jornada nas Estrelas: A Nova Geração" remasterizados, em Full HD; logo em seguida a PSN liberou o demo do aguardadíssimo Mass Effect 3 para o PS3.



Star Trek The Next Generation - The Next Level:

O que dizer deste incrível trabalho de restauração? Simplesmente que, é uma obra de arte. A reconstrução quadro-a-quadro trouxe a Nova Geração ao século XXI em grande estilo. As cores dos uniformes estão vivas e com uma textura nunca vista. Em Encontro em Fairpoint, quando Wesley vai à ponte pela primeira vez, temos a mesma sensação de deslumbramento que o menino, graças à incrível riqueza de detalhes que a imagem proporciona.

Os efeitos visuais são um capítulo à parte: a restauração valorizou o incrível trabalho dos artistas que trouxeram a Nova Geração às TVs nos anos 80 e 90. As tomadas dos planetas no espaço, os matte paintings e as miniaturas mostrando as suas superfícies e, obviamente, as naves, estão num grau de perfeição tamanha, que ficaram mais realistas que muitas séries modernas. Fica difícil dizer o que foi refeito para a restauração de tão bem integradas que estas tomadas estão em conjunto com o material antigo.

O som também foi todo remasterizado para DTS HD 7.1. Você se sente realmente à bordo da nave com todos os sons da ponte ao seu redor. Os episódios escolhidos para este disco foram "Encounter at Fairpoint", "Sins of the Father" e "The Inner Light". Minha única ressalva é que o demo poderia ter um episódio de mais ação como "Yesterday's Enterprise" ou "Q Who", mas infelizmente, a Paramount guardou estes episódios somente para o lançamento dos boxes com as temporadas completas.


Mass Effetc 3 Demo:

A Bioware mostra que não está de brincadeira e vem fazendo uma campanha enorme para o lançamento do jogo. Apesar de curto, o demo é intenso. Começa com o ataque dos rippers à Terra, com Sheppard tentando chegar à Normandy, no meio da batalha. Ao final desta fase, o jogo dá um salto para uma missão mais à frente, focando em muita ação. Há ainda um módulo multiplayer, inédito na saga, que permite jogadores do mundo inteiro se enfrentarem. Gráficos e sons impressionantes vão te deixar com as mão grudadas no joystick. Marquem o dia 15 de março no calendário. É quando Mass Effect 3 chega ao Brasil.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Sedução - dos beijos ao sexo


CRÔNICAS


por Phoenix

Mark Damon e Gigliola Cinquetti - Dio Come Ti Amo
O sexo, a sedução, o romance, acompanham o homem em suas criações, sejam elas esculturas, livros, músicas, filmes, etc, desde que o mundo é mundo. Isso não muda, sempre existirão. O que muda é forma como isso nos é apresentado. No início do cinema, quando tudo era tabu, vergonhoso, proibido, vemos bocas se encostarem, com uma música romântica, ela sendo envolvida nos braços dele, cabeça levemente caída para trás, e num rápido movimento, um abraço desesperado, e o beijo, simples toque de lábios. Bons exemplos são Casablanca (1942), com Humphreu Bogart e Ingrid Bergman e Dio Come Ti Amo (1966), com Gigliola Cinquetti e Mark Famon. Esses filmes mostram o romantismo, a paixão, mas as cenas quentes não passam de um simples beijo. É interessante observar que nessa época, os atores e diretores tinham um trabalho maior para transmitir ao público as emoções, pois não só o beijo era simples mas, também, os gestos. Fazer uma ‘carinha’ lânguida seria algo bem ousado.

Humphrey Bogart e Ingrid Bergman - Casablanca
Com o passar dos tempos e a quebra de vários, senão todos, tabus, passamos a ver beijos melados e chupados, mãos audaciosas, corpos nus e sexo, muito sexo. Mas não estou falando dos filmes pornôs, não, falo de filmes como Instinto Selvagem (1992) e a quentíssima cena de sexo de Sharon Stone e Michel Douglas. Ufa, que cena! Eu disse que não é um filme pornô? Bom, retomando, após um copo de água gelada, cito, também, 9 ½ Semanas de Amor (1986), com um Mickey Rourke, ainda lindo, e Kim Basinger, gostosíssima, numa cena antológica de sexo gastronômico, que até hoje é comentada e imitada ou parodiada.

Kim Basinger e Mikey Rourke - 9 1/2 Semanas de Amor
A diferença de como se conta o amor ou, simplesmente, o desejo, do cinema antigo para o moderno, é imensa. Não sou puritana e acho muito boa essa evolução mas, sem contar os filmes pornôs que são voltados absolutamente para o sexo em si, o cinema e a televisão precisam ser bem cuidadosos para não perderem o tom, e usar cenas de sexo sem sentido nenhum com o contexto, como em Atração Explosiva (1995), quando os personagens de William Baldwin e Cindy Crawford se atracam dentro de um trem, sem mais nem menos. Por mais que a cena seja aggressive (me desculpem os tarados de plantão) gosto bem mais quando se percebe que tem um clima propício e então, depois de uma boa provocação, a cena acontece. Seriam as preliminares cinematográficas. É... Mulher é sempre mais romântica... Mas, também é gostoso quando a coisa acontece aos tapas e beijos, e tapas, mais um tapinha, e sexo, sexo bem nervoso, naquele esquema: a mulher diz que não, que o odeia, bate no cara, depois agarra o coitado, crava as unhas e o deixa maluquinho. Clichê, mas bem instigante. E, se é na telona, melhor ainda. A luzes estão apagadas e ninguém precisa se envergonhar de estar gostando.

Pastelão no capricho com Charlie Sheen e Valeria Golino
Também curto muito quando se utiliza o sexo como instrumento cômico, como nos pastelões Loucademia de Polícia (1984 a 94, sete filmes) e Top Gang (1991 e 93, dois filmes). Este último parodia as cenas citadas acima (Instinto Selvagem e 9 ½ Semanas de Amor). Tudo muito over e fantasioso, como um bom pastelão deve ser e, neste caso, a intenção não é excitar o espectador e, sim, causar boas risadas. Quem ficaria excitado vendo uma mulher, numa calcinha pra lá de folgada, pulando de um trampolim em cima de seu homem, e, no auge da transa (que não é mostrada, apenas insinuada), “cavalgar” no cara rodando um chapéu de cowboy e dando tiros de revólver? Meio difícil, né?

Forte cena de pedofilia em Trust
Difícil mesmo é falar seriamente de sexo e sensualidade se tratarmos com enfoques polêmicos. Pedofilia, por exemplo, é um tema chocante, mas muito presente nos dias de hoje, aliás, sempre houve, mas nunca foi tão falado. O que antes era tabu, hoje é mostrado nos jornais, na internet e no cinema, entre outros meios. Como Meninos e Lobos (2003) dirigido por Clint Eastwood, que conta a história de três amigos que se separam após um deles sofrer abuso sexual. Eles se reencontram, já adultos, e tentam se livrar da sombra do passado. Já Lolita (1962) dirigido por Stanley Kubrik em início de carreira, conta a história de um professor que se apaixona por uma menina de doze anos e, para ficar mais próximo dela, casa-se com sua mãe. Mais tarde torna-se amante da menina. E, mais recentemente (2010), o menos badalado Trust, de David Schwimmer, que trata de abusos infantis utilizando-se da internet. São filmes tensos que nos mostra aquilo que sabemos que existe, e muito, mas que tentamos fingir que não. Muitas vezes existe em nossas casas, com pais abusando de filhas, ou em igrejas, com padres se aliviando em seus coroinhas. Assistir a um filme assim faz muita gente ter mais cuidado com o seu ambiente.

Rebecca De Mornay e Tom Cruise - prostituição em Negócio Arriscado (1983)
E a prostituição? Bom, este é um tema que, ao contrário da pedofilia, dá pra ser observado pelo lado iluminado da 'Força'. Afora as questões de abusos, explorações dos cafetões, e toda a tristeza por trás da vida da maioria das prostitutas, dá pra ser cômico, como em “Os Normais 2” (2009) quando Rui ( Luiz Fernando Guimarães) e Vani (Fernanda Torres) resolvem apimentar a relação fazendo um ménage-à-trois e contratam uma prostituta. Ela coloca os dois pra dormir e faz uma “limpeza” no apartamento deles.

Richard Gere e Julia Roberts - sensação dos anos 90
Bom, e temos uma comédia romântica deliciosa: “Um lindo Homem” ops, desculpem, “Uma Linda Mulher” (1990, direção de Garry Marshall). É que, com Richard Gere no elenco, dá até pra confundir o título. Um filme de 1990 que até hoje é comentado. Mostra a vida de uma linda prostituta (a gatíssima Julia Roberts) que conhece um milionário (o gostoso Richard Gere). Ele a contrata e os dois se apaixonam. Entre sortes e revezes da vida, os dois terminam juntos, como num conto de fadas ("- ...Cindefuckrela...!" - num dos antológicos diálogos do filme). Previsível, mas uma história bem contada, muito bem interpretada e dirigida. Filme prá assistir com bastante guaraná e pipoca doce.

Para Wong Foo! Obrigada Por Tudo! - elenco renomado
O Segredo de Brokeback Mountain (2005) mostra o amor entre iguais, num drama onde dois homens, vaqueiros, lutam contra o desejo de ficarem juntos. Cada um segue sua vida, o personagem de Jake Gyllenhaal casa, têm filhos, mas quando, anos depois, se reencontram, a paixão reacende e eles se beijam loucamente. Um filme que choca, uma vez que a sociedade está acostumada a ver o tema disfarçado em comédias e, amenizado por personagens esteriotipados. Geralmente é um cabeleireiro ou uma Drag Queen, como em “Para Wong Foo. Obrigada Por Tudo!” (1995), onde três “amigas” vão para Hollywood para um concurso de beleza gay e, devido a um imprevisto, elas param em uma pequena cidade, trazendo glamour e alegria a seus moradores. É aquela coisa, enquanto parece ser de brincadeira, ok, aceitamos, mas quando a coisa é séria, tapamos os olhos e, sequer mencionamos.

Polêmica cena de sexo anal - Último Tango em Paris (1972)
Mas, como havia dito, o sexo e suas vertentes sempre farão parte das obras dos artistas pois é vital para todos. Alguns negam, alguns disfarçam, outros escancaram.

Então, amigos exploradores, qual a cena que mais lhe agradou, dos beijos antigos ao sexo explícito atual? Comentem, sem vergonha nenhuma.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Star Wars - Universo Estendido


UNIVERSO FANTÁSTICO

por Fabok
Luke Skywalker, Han Solo, Princesa Lea, Anakin, Obi Wan, Vader, Palpatine... Star Wars ao longo dos anos, criou uma galeria de personagens que povoa o imaginário de milhões de fãs por todo o mundo. Para muitos deles apenas os filmes é muito pouco.  Após a estréia do Episódio IV, em 1977, um vácuo surgiu. As pessoas ficaram curiosas em saber mais sobre os personagens e locais vistos nas telas dos cinemas. A princípio alguns fãs começaram a preencher este vazio escrevendo, de próprio punho, aventuras passadas naquela galáxia muito distante.

Titio Lucas
George Lucas, com seu enorme tino comercial, logo permitiu que livros fossem oficialmente escritos. O interessante é que Lucas detém o controle criativo total sobre seu universo e, por isso, ele criou a Lucas Licensing, que tem, entre outros objetivos, garantir a continuidade entre as obras de vários autores e os filmes. Isto é muito importante, já que o que o leitor lê faz parte do canon, diferente do que ocorre com os livros de Jornada nas Estrelas, que devem ser interpretados como aventuras isoladas, e não fazem parte da cronologia oficial da série.

Em livros e quadrinhos
A primeira obra literária oficial deste universo estendido foi o livro Splinter of the Mind's Eye (1978) do prolífico escritor Alan Dean Foster (Olha ele aí de novo Fargon!). De lá prá cá, tivemos livros e quadrinhos contando estórias passadas nas mais diferentes eras, e que introduzem personagens tão fascinantes quanto aqueles vistos nos filmes.

Muitos fãs se perguntam por onde começar. Esta, no entanto, não é uma resposta fácil. Veja a linha temporal das obras:

1.  The Old Republic: as estórias aqui se passam de 25000 BBY(1) a 1000 BBY (anos antes da Batalha de Yaven - Episódio IV): época dourada dos Jedi, quando eles eram em grande número e guardiães da paz e justiça. Relata também os embates sangrentos com os Sith.

2.  The Rise of the Empire (1000 BBY até o Episódio IV): acontece após a, aparente, derrota final dos Sith, e mostra o declínio da República envolta em escândalos e corrupção,  abrindo o caminho para os episódios I, II e III).

3.  The Rebellion (do episódio IV até 5 ABY(2) - 5 anos após o episódio IV): mostra os eventos da Guerra Civil Galáctica (Trilogia Original)

4.  The New Republic (5 ABY - 25 ABY): mostra o difícil nascimento da Nova República e os esforços de Luke Skywalker para reconstruir a Ordem dos Jedi.

5.  The New Jedi Order (25 ABY - 40 ABY): a paz é conquistada quando os remanescentes do império finalmente capitulam. Paz esta ameaçada quando uma poderosa força alienígena invade a República, vinda de uma região desconhecida.

6.  Legacy (40 ABY em diante): a Ordem Jedi e Luke enfrentam um novo Sith Lord mais poderoso que Vader e o Imperador.

Minha dica explorador é para você começar na era que você gosta mais. No meu caso comecei com livros situados na época da Rebelião, mas já li obras que se passam na segunda trilogia. Na realidade isto pouco importa, com uma linha de tempo tão ampla, há espaço para excelentes estórias que dão uma profundidade muito maior que a que vemos nos filmes. Por exemplo, o livro Death Star (2007, Michael Reeves e Steve Parry), conta os bastidores da construção da mortal base e é narrada pelos pontos de vista de um médico, a dona de um bar, uma engenheira escrava e de um militar, enquanto personagens como Vader e o Imperador são mero coadjuvantes.

Fargon Jinn já encomendou o dele
Recentemente li o incrível The Jedi Path - A Manual for The Students of The Force (2010, Daniel Wallace). O livro assume que o leitor é um Jedi e conta toda a estória da Ordem. Mais legal ainda é que ele vem numa espécie de cofre. Você pressiona um botão e este se abre automaticamente e o livro surge no meio de sons (dos filmes, é claro) e luzes. Com notas de rodapé escritas por seus antigos donos  Thame, Yoda, Obi Wan, Qui Gon-Jinn, Anakin, Ahsoka Tano, Luke e o Imperador (suas observações sarcásticas são um capítulo a parte) esta edição acompanha alguns itens colecionáveis que farão o leitor ficar de queixo caído, (sério...fiquei uns dois dias boquiaberto só admirando...).

Thimoty Zahn
Brincadeiras a parte, coube aos livros e quadrinhos manter o interesse por Star Wars vivo, nos anos entre as produções das duas trilogias. Em 1991 foi publicado o livro Heir of The Empire, o primeiro de uma série que ficou conhecida como A Trilogia de Thrawn. Escrito por Timothy Zahn alcançou o topo da lista de bestsellers do New York Times.  Zahn criou uma saga tão envolvente, que dois de seus personagens, sem jamais terem aparecido nas telas, estão entre os mais populares de Star Wars.

Mas sobre isso falaremos no nosso próximo artigo, não percam, exploradores, é interessante.

(1) BBY - Before the Battle of Yaven - Antes da Batalha de Yaven
(2) ABY - After the Battle of Yaven - Após a Batalha de Yaven